IFUSP na Mídia

Cientistas descobrem como as queimadas interferem na formação de nuvens de chuva na Amazônia

Estudo brasileiro divulgado na revista Communications Earth & Environment revela como as queimadas interferem na formação de nuvens de chuva na Amazônia. Segundo os autores, as pequenas partículas sólidas ou líquidas liberadas na atmosfera pelas chamas – também conhecidas como aerossóis – dificultam o congelamento de gotas de nuvens quando a atmosfera encontra-se umidificada, mas podem também favorecer o congelamento quando a atmosfera está mais seca. Isso altera o funcionamento natural das nuvens e sua altitude típica, possivelmente também afetando sua capacidade de produzir chuvas e a incidência de raios solares no solo

Por: Thais Szegö, Agência FAPESP. Acesse aqui a matéria original.


(...) O objetivo da investigação era estudar de maneira observacional a temperatura de congelamento de gotas em nuvens convectivas, um tipo que se forma verticalmente e pode se desenvolver até altitudes acima de dez quilômetros, procurando entender quais são os fatores mais importantes para esse fenômeno. A presença de gelo em nuvens é muito importante, pois influencia na formação de chuva e no tempo médio que elas estão presentes na atmosfera. “Quanto maior a duração média de nuvens, mais radiação solar é refletida de volta para o espaço, contribuindo para o resfriamento do planeta”, explica Alexandre Correia, professor do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e primeiro autor do artigo. Saiba mais...


Imagem: Arquivo/ Agência Brasil

 

Estresse hídrico em São Paulo deixa florestas mais secas e vulneráveis a incêndios

Paulo Artaxo diz que a situação é agravada pela fuligem e pela fumaça, que também afetam a qualidade do ar

Por: Walace de Jesus, Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


De acordo com a estimativa da Prefeitura de Franco da Rocha, o incêndio que atingiu o Parque Estadual do Juquery, na manhã do dia 22 de agosto, acabou com 80% dos 2 mil hectares da última reserva do cerrado na região metropolitana de São Paulo presente naquela região. Ainda segundo o órgão, o incêndio foi iniciado após a queda de um balão sobre a vegetação seca. “As queimadas que observamos na cidade de São Paulo são fenômenos relativamente recentes, causados pela redução do fluxo de água entre as florestas no entorno da cidade, que ficam cada vez mais secas e vulneráveis ​​a incêndios”, destaca o professor do Instituto de Física, Paulo Artaxo, ao Jornal da USP no Ar 1 ° Edição. Saiba mais...


Imagem: francodarocha.sp.gov.br

 

Radiotelescópio BINGO representa avanço tecnológico para o Brasil

Construção e operação do aparelho podem incentivar o turismo na região, além de estruturar uma mão-de-obra especializada e trazer conhecimentos inéditos

Por: Sabrina Brito, Veja. Acesse aqui a matéria original.


Com o início das operações programado para o segundo semestre de 2022, o radiotelescópio BINGO (acrônimo para Baryon Acoustic Oscillations from Integrated Neutral Gas Observations) será instalado na cidade de Aguiar, no interior da Paraíba. Apelidado de “diamante do sertão”, BINGO representará um passo importante em termos de ciência e tecnologia para o país. O principal objetivo do radiotelescópio será aprofundar a observação do universo a partir do céu brasileiro, segundo Elcio Abdalla, coordenador do projeto e professor do Instituto de Física da USP. A ideia é também contribuir para a comunidade científica com visões precisas obtidas a partir do hemisfério sul. Saiba mais...

Imagem: Reprodução/ Divulgação

 

Com queda de investimento em ciência e tecnologia, Brasil perde talentos para outros países

Fenômeno chamado ‘fuga de cérebros’ tem impacto direto na economia e no futuro do país. No ranking dos que mais mantêm profissionais qualificados, o Brasil despencou 25 posições de 2019 para 2020: passou da posição 45 para a 70

Por: Jornal Nacional, G1. Acesse aqui a matéria original.


A área de ciência e tecnologia foi uma das que mais sofreram queda no volume de investimentos no Brasil. Isso tem levado os nossos pesquisadores a deixar o país. É a chamada "fuga de cérebros". No saguão dos aeroportos internacionais, está parte da nata da ciência brasileira, com passagem só de ida. Nos últimos dois anos, o país ganhou espaço na "exportação” de profissionais qualificados. Uma transação em que o Brasil só perde. “A parte mais criativa da vida de qualquer cientista é logo depois de se formar; ele está cheio de energia, cheio de ideias novas na cabeça e é muito frustrante para esses jovens não terem oportunidade no seu próprio país”, explicou Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física/USP. Saiba mais...

Imagem: Reprodução

 

Ciência é protagonista na restauração do famoso quadro da independência do Brasil

Especialistas da USP nas áreas de física e química usaram técnicas que permitem devolver o aspecto original da obra Independência ou Morte; veja em resumo como foi o processo

Por: Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


No imaginário de muitos brasileiros, a independência do país está associada à pintura Independência ou Morte, de Pedro Américo. Com seus personagens e ambientação idealizados, a obra conferiu tom épico a um acontecimento que, segundo testemunhas da época e pesquisas históricas posteriores, teria sido bem menos glorioso. Pintada em Florença, na Itália, em 1888, embarcou para o Brasil e foi apresentada pela primeira vez ao público brasileiro já no período republicano, em 7 de setembro de 1895, durante a inauguração do Museu do Ipiranga. Saiba mais...


Imagem: Divulgação/ Museu Paulista

 

Leitura de fontes confiáveis de informação é caminho para corrigir ‘mitos’

Leitura lateral é instrumento importante para verificar fontes de informação, evitando obter informações de segunda mão

Por: Júlio Bernardes, Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


A busca por fontes confiáveis de informação científica é o tema da coluna do físico Paulo Nussenzveig. “Recentemente, li um blog chamado Cold Takes, de Holden Karnofsky, que se dedica a corrigir ‘mitos'”, aponta. “O título da postagem no blog é Retirando as luvas mas mantendo as calças, fazendo alusão a uma frase de Churchill: ‘Uma mentira viaja através de meio mundo antes que a verdade tenha tempo de vestir as calças’”. Saiba mais...


Imagem: Divulgação

 

Cientistas revelam como queimadas afetam a formação de nuvens de chuva na Amazônia

Aerossóis gerados dificultam movimento de massas de ar e limitam congelamento da água em nuvens, o que pode afetar chuvas

Por: Júlio Bernardes, Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


Pesquisa com participação do Instituto de Física (IF) da USP revela como as queimadas interferem no desenvolvimento de nuvens de chuva na Amazônia. Os pesquisadores usaram imagens de satélite e medições da quantidade de partículas formadas pelas queimadas e constataram que elas tornam a atmosfera mais estável e dificultam os movimentos verticais das massas de ar. Isso impede que as nuvens ganhem altura e limita o resfriamento que leva ao congelamento das gotas de água, possivelmente reduzindo a ocorrência de chuvas e aumentando a incidência dos raios solares no solo. Os resultados do trabalho são descritos em artigo publicado na revista Communications Earth & Environment, do grupo Nature. Saiba mais...

Imagem: Fotos públicas

 

Legado do físico Steven Weinberg é essencial para entender como o Universo funciona

Físico, que morreu aos 88 anos, elaborou teoria que unifica interações eletromagnéticas, comuns no cotidiano, e fracas, ligadas à radioatividade

Por: Júlio Bernardes, Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


A importância das pesquisas de Steven Weinberg, que morreu no último dia 23 de julho, aos 88 anos, é o tema da coluna do físico Paulo Nussenzveig. “Muito de nosso atual entendimento do Universo é devido a desenvolvimentos que ele concebeu ou de que participou diretamente. Eu não poderia deixar de mencionar a obra dele neste espaço e ressaltar características que estão entre as que mais admiro em cientistas”, conta. “Steven Weinberg nasceu em 1933, na cidade de Nova York, filho de imigrantes judeus. Seu interesse por ciência, segundo ele contou, nasceu de um kit de química que ele herdou, quando tinha 16 anos, de um primo que preferiu ser boxeador.” Saiba mais...


Imagem: Divulgação

 

O que controla o congelamento em nuvens da Amazônia?

Estudo de pesquisador do Instituto de Física revela descobertas inéditas sobre o congelamento em nuvens da Amazônia

Por: Comunicação IFUSP.


 

"Nessa colaboração participaram pesquisadores com formações bem diferentes. Foram intensas discussões até chegarmos a uma interpretação fisicamente consistente sobre o comportamento da temperatura de glaciação de nuvens. Para mim foi especialmente gratificante descobrir condições em que a glaciação acontece a temperaturas mais altas, algo inesperado e que ainda não havia sido descrito na literatura científica." - Comenta o Professor Alexandre Correia, pesquisador do Instituto de Física.

 
As nuvens na Amazônia desempenham um papel muito importante para o clima do planeta e para o ciclo da água. Nuvens convectivas são capazes de se desenvolver até altitudes acima de 10 km, tão elevadas que seu topo é quase sempre constituído por gotículas totalmente congeladas. O congelamento, ou glaciação dessas gotículas é um fenômeno complexo, que depende de muitas variáveis. Por exemplo, a presença de partículas microscópicas sólidas ou líquidas (aerossóis) influencia o tamanho médio de gotas de nuvens e seu congelamento. Conhecer melhor como esse processo ocorre ajuda a entender a física de nuvens, e possivelmente melhorar projeções climáticas futuras.
 
Gotas se formam na "base" das nuvens pela condensação de vapor de água sobre partículas de aerossol. À medida que essas gotas são carregadas para cima por correntes de vento ascendentes, sua temperatura decresce até que eventualmente elas congelam. No entanto, isso não acontece imediatamente quando se atinge a temperatura de 0 °C. Gotas de nuvens podem se congelar a temperaturas apenas alguns graus abaixo de zero, ou então permanecer em estado super-resfriado e se congelar em temperaturas bem mais baixas, até o limite de -38 °C.
 
No artigo "Preconditioning, aerosols, and radiation control the temperature of glaciation in Amazonian clouds" Correia e co-autores [1] mostram que a temperatura de glaciação média em nuvens convectivas na Amazônia, Tg, depende da quantidade de aerossol presente na atmosfera, mas também de quão úmida a atmosfera se encontra como um todo (Fig. 1). Tg pode estar próximo de  -10 °C para situações de atmosfera muito limpa (isto é, com pouco aerossol), e decrescer até -18 °C em condições com maior quantidade de aerossol na atmosfera. Isso acontece porque  num ambiente natural não poluído, quanto mais aerossol em geral menores são as gotículas de nuvem que se formam, e mais elas demoram para se congelar. A fumaça de queimadas, que contém grande quantidade de partículas de aerossol, altera as condições de congelamento para as nuvens na Amazônia. Quando há muita poluição de queimadas, Tg pode chegar próximo do limite -38 °C se a atmosfera estiver umidificada (Fig. 2). Se a atmosfera está com pouca umidade e com muita poluição, a formação de nuvens é dificultada devido em parte ao sombreamento que o aerossol causa sobre a superfície, efeito que contraria o movimento de convecção de massas de ar. As nuvens que conseguem se formar nessas condições não se desenvolvem muito verticalmente, e Tg permanece em níveis como -15 °C a -16 °C em média. Em escala microscópica, o fenômeno que pode estar acontecendo nesse caso é a competição por moléculas de vapor de água, entre partículas de gelo e gotículas líquidas, que leva ao congelamento à temperaturas relativamente mais quentes.
 

A conclusão é de que a temperatura de congelamento em nuvens convectivas na Amazônia é controlada por associações entre 3 atores principais: a umidificação da atmosfera, partículas de aerossol, e a radiação solar. Em situações limpas, fora da época de queimadas na Amazônia, a ação combinada da umidificação da atmosfera e a presença de aerossóis faz com que Tg seja reduzido quanto mais aerossol e umidade estiverem presentes. Em condições de poluição intensa, o efeito depende da umidade na atmosfera: para uma atmosfera úmida, Tg é reduzido quanto mais aerossol estiver presente. Se a atmosfera estiver relativamente seca, Tg é aumentado como consequência do sombreamento da superfície pela interação entre radiação solar e partículas de aerossol.

Acesse AQUI o artigo completo em Nature | Communications Earth & Environment 

► Contato com Prof. Alexandre Correia - acorreia@if.usp.br

 

 


 

Brasil conquista ouro na Olimpíada Internacional de Física

Para Airton Deppman é preciso incentivar a participação dos estudantes brasileiros nesse tipo de competição e abrir as portas da universidade para que eles permaneçam no País

Por: Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


O professor Airton Deppman, do Departamento de Física Experimental do Instituto de Física (IF) da USP, conta que o Brasil participa da IPhO (a Olimpíada Internacional de Física) há 20 anos e os resultados foram evoluindo durante esse período. Segundo Deppman, a competição também é uma oportunidade de transformar a vida dos estudantes. “Ao contrário do que se imagina, nem todos são de famílias de alta renda, existe uma mistura muito grande nas delegações brasileiras”, explica ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição. Saiba mais...


Imagem: Reprodução

 

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