IFUSP na Mídia

Alguns fatos e algumas considerações sobre o ensino a distância

Por: Otaviano Helene para o Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


 
1) Professores e educadores sempre utilizaram todos os recursos que poderiam beneficiar os processos de ensino, estudo e aprendizado. Os velhos mimeógrafos, muitos reproduzindo textos manuscritos, dada a dificuldade de acesso a máquinas de escrever, substituídos depois pelas fotocópias, os vídeos educativos, as apostilas impressas, muitas vezes por meios gráficos bastante precários, entre tantos outros recursos, sempre foram adotados quando eles eram as melhores opções disponíveis. Portanto, nada também contra o ensino a distância, desde que ele seja o melhor que podemos fazer em certas circunstâncias, como durante a epidemia de covid-19. O ensino a distância também é um recurso que deve ser usado quando ele é alguma coisa a mais, não substituindo o ensino presencial, mas complementando-o, ou quando a outra opção é não fazer nada.

 

Saiba mais...

 


Otaviano Helene – Foto: Reprodução /YouTube

 

Precisamos manter o otimismo na ciência, apesar do negacionismo

Paulo Nussenzveig – Jornal da USPPandemia de desinformação é um dos grandes desafios que os cientistas vão enfrentar no futuro próximo, diz Paulo Nussenzveig.

Por: Paulo Nussenzveig para a Rádio USP. Acesse aqui a matéria original.


Neste final de ano, manter o otimismo na ciência, apesar do negacionismo, é o assunto da coluna do físico Paulo Nussenzveig. “No dia 3 de dezembro, a revista Nature publicou uma entrevista com Francis Collins, que deixará este mês a posição de diretor dos National Institutes of Health, o poderoso NIH dos EUA. Collins passou 12 anos à frente da instituição e refletiu sobre sucessos obtidos, assim como temas em que gostaria de ter feito mais”, relata. “Entre os sucessos, ele elenca as situações em que conseguiu juntar cientistas de múltiplas disciplinas e organizar projetos verdadeiramente ousados e audaciosos, que dificilmente teriam acontecido espontaneamente.” 

Saiba mais...

 

Imagem: Montagem Jornal da USP 

 

A ciência aberta na USP

Por Sylvio Canuto, pró-reitor de Pesquisa da USP; Debora Rejane Fior Chadi, professora do Instituto de Biociências da USP; e Fausto Medeiros Mendes, professor da Faculdade de Odontologia da USP

Por: Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


Foi lançado, no dia 26 de outubro, o Portal USP de Ciência Aberta, por meio de um trabalho envolvendo a Pró-Reitoria de Pesquisa, a Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica (Aguia) e a Superintendência de Tecnologia da Informação (STI).

Durante o lançamento do portal, o magnífico reitor, prof. Vahan Agopyan, e o pró-reitor de Pesquisa, prof. Sylvio Canuto, também publicaram a Declaração USP de Apoio à Ciência Aberta, o que pode ser encontrado na íntegra no portal. Nesse mesmo dia, foi anunciado que a USP, a partir daquele momento, era signatária da Declaração de São Francisco sobre Avaliação da Pesquisa (Dora – The Declaration on Research Assessment), se juntando a  milhares de instituições e pesquisadores de 150 países no mundo. Saiba mais...
 

Sylvio Canuto – Foto: IEA-USP

 

 

 

 

 

Trabalho da pesquisadora Márcia Fantini tem novo artigo publicado na Scientific Reports

O artigo “Oral vaccination of piglets against Mycoplasma hyopneumoniae using silica SBA‐15 as an adjuvant effectively reduced consolidation lung lesions at slaughter”, acaba de ser publicado pela Scientific Reports, do grupo Nature.


Trata-se de produto da colaboração da Profª. Márcia Fantini do IFUSP com grupos da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, Departamento de Química da UNIFESP e do Instituto Butantan e traz resultados bastante positivos sobre proposta da vacina oral para porcos como parte do esquema de vacinação nas granjas. 
 
► A publicação é aberta e o artigo pode ser acessado em doi.org/10.1038/s41598-021-01883-2
 

Imagem: Divulgação

 

Prof. Paulo Nussenzveig é eleito fellow da Optica



O Instituto de Física cumprimenta e felicita Prof. Nussenzveig pela distinção conquistada.

Por: Depto. de Física Experimental para Comunicação IF.

 


O Departamento de Física Experimental tem a satisfação de anunciar que o Prof. Paulo Nussenzveig foi eleito “fellow” da Optica (novo nome da OSA - The Optical Society). É uma sociedade sediada nos EUA, criada há mais de cem anos como Optical Society of America, atualmente com perfil global. A categoria de fellow é restrita a 10% dos membros e, a cada ano, no máximo 0,5% dos membros podem ser eleitos. O reconhecimento do Prof. Paulo é “For ground-breaking demonstrations of multipartite multi-color entanglement of light in above-threshold optical parametric oscillators”. Apenas outros 7 cientistas trabalhando no Brasil haviam sido eleitos para essa categoria anteriormente. Agora, são dez, além do Prof. Paulo, os professores Antonio Zelaquett Khoury, da UFF, e Denise Maria Zezell, do IPEN, também foram eleitos. O anúncio, em inglês, pode ser lido no site oficial da OPTICA.

Sobre a Optica, o Prof. Nussenzveig comenta que a mudança de nome se deu este ano, expressando um objetivo de ser percebida como sociedade global. Bem justificado: ela já atua em inúmeros países e fomenta a criação de 'student chapters', incluindo vários no Brasil. A respeito da nomeação, declara: "É o reconhecimento de um trabalho em equipe, de muitos anos, envolvendo algumas gerações de estudantes, além da indispensável parceria com o Marcelo Martinelli".


Imagem: Reprodução

 

Série de vídeos exibe pesquisas científicas brasileiras de relevância internacional

'Cientistas Brasileiros Entre os Melhores' apresenta descobertas de 13 pesquisadores, entre eles Paulo Artaxo, Lygia da Veiga e Vanderlei Bagnato, da USP; assista aos episódios

Por: Tabita Said, Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


Motivados por um desejo inabalável de contribuir com a qualidade de vida da sociedade, cientistas muitas vezes se vêem à deriva em um mar de tecnocracia e descaso. Os desafios são inúmeros: desde os entraves para obter financiamentos até a desvalorização de sua atividade nos centros de pesquisa e universidades, já chamadas de ‘balbúrdias’. Embora a pandemia de covid-19 tenha elevado a ciência brasileira a um papel de protagonismo na busca por soluções para a pior crise sanitária dos últimos cem anos, também evidenciou a necessidade de recursos e tempo para a colheita dos benefícios conquistados com o progresso científico. E tempo de estrada é algo que têm de sobra os  protagonistas da série Cientistas Brasileiros Entre os Melhores. Saiba mais...

Imagem: Reprodução

 

O que é fusão nuclear e por que ela não deve, por enquanto, ajudar na crise climática

Tecnologia com enorme potencial para energia limpa é perseguida por países e investidores bilionários

Por: Philippe Watanabe, Folha de S. Paulo. Acesse aqui a matéria original.


O próximo salto da civilização humana pode estar nas estrelas. Mais especificamente no domínio da energia estelar: a fusão nuclear. A fusão, por seu potencial de gerar enormes quantidades de energia limpa, traz a esperança de que, no futuro, as nações não dependam mais de combustíveis fósseis para geração energética. O problema do parágrafo anterior está em uma palavra: futuro. A humanidade não pode contar imediatamente - e, considerando o estágio tecnológico atual, mesmo no médio prazo - com essa fonte energética para lidar com a crise climática em curso na Terra. Saiba mais...


Imagem: AFP

 

Projeto 'Pioneiros da Física Brasileira' apresenta trajetória de Gleb Wataghin

O projeto “Pioneiros da Física Brasileira” – uma iniciativa de divulgação científica do Instituto Sul-Americano para Pesquisa Fundamental (ICTP-SAIFR) – divulgou recentemente a biografia do físico russo-italiano Gleb Wataghin, considerado por muitos o “pai da física” no Brasil

Por: Agência FAPESP. Acesse aqui a matéria original.


Além de colaborações com cientistas de outros países, muitos deles laureados com o Prêmio Nobel, Wataghin desenvolveu pesquisas pioneiras sobre raios cósmicos que vieram a resultar em descobertas com repercussão internacional. O projeto de divulgação científica é direcionado ao público geral e foi concebido com o intuito de homenagear cientistas que contribuíram decisivamente para o desenvolvimento da física no Brasil. Saiba mais...


Imagem: IFGW/ Unicamp

 

Interdisciplinaridade supera fragmentação do conhecimento e cria diálogo entre culturas

Encanto pela ciência cresce na medida em que se compreendem mecanismos sutis que dão origem a fenómenos que impactam os sentidos

Por: Júlio Bernardes, Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


Na coluna Ciência e Cientistas, o físico Paulo Nussenzveig comenta sobre o papel da interdisciplinaridade na ciência para contornar a fragmentação do conhecimento e a falta de diálogo entre diferentes culturas. “Já mencionei aqui minha admiração por Charles Vest, que foi presidente emérito do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT”, conta. “Vest era engenheiro e possuía uma sensibilidade e capacidade de expressão verbal notáveis. Recentemente, reli um discurso que ele fez aos formandos da turma do ano 2000, mais de 21 anos atrás.” Saiba mais...


Imagem: Divulgação

 

Explorando os limites do transporte térmico

Laboratory for Quantum Matter under Extreme Conditions (LQMEC) possui diversos projetos em andamento: estudo de novos fenômenos quânticos na matéria condensada com potencial termoelétrico, preparação de materiais nanoestruturados e com fortes correlações eletrônicas, desenvolvimento de setup avançados para determinação acurada de transporte térmico bulk e em filmes finos. 

O primeiro trabalho publicado (no tema de termoeletricidade) pelos docentes pesquisadores Valentina Martelli e Julio Larrea, coordenadores do LQMEC já ressalta o potencial da linha de pesquisa recentemente instaurada no IFUSP, que visa estudar fenômenos de transporte térmico em materiais quânticos. 

Por: Profª Valentina Martelli para Comunicação IFUSP. Para mais informações, acesse LQMEC.com

 

A termoeletricidade é uma propriedade dos materiais que permite de forma prática gerar corrente elétrica a partir de um gradiente térmico (e vice-versa): ou seja, transformar calor em eletricidade. Geradores baseados em materiais termoelétricos são considerados muito promissores no cenário global de mudanças climáticas, pois poderiam contribuir na geração de energia sem emissões de gases estufa. Já são utilizados em aplicações espaciais desde a década de 70, sendo duráveis e confiáveis. Porém, em 2021, ano que a comunidade comemora o 200º aniversário do descobrimento da termoeletricidade, esta tecnologia ainda não alcançou uso em ampla escala, devido à baixa eficiência (conversão calor/eletricidade) e aos altos custos de fabricação.

O desempenho de um material termoelétrico é definido pelo fator ZT, que classifica a performance do material em traduzir calor em eletricidade. Para ser um bom candidato, o material deve, ao mesmo tempo: ser um bom condutor de corrente, ter bom coeficiente de termoeletricidade, e ser um péssimo condutor de calor. Atingir esta combinação é um grande desafio, pois estas propriedades físicas estão interligadas. Neste sentido, muitos avanços já foram realizados: seja por meio de uma melhor compreensão de como as propriedades físicas de um material são descritas pela natureza quântica dos elétrons e das vibrações dos átomos na rede cristalina e também pela manipulação destes materiais através de preparação de filmes finos e nanoestruturas, por exemplo.
 
Surgiu um interesse recente em alguns materiais que, em sua forma macroscópica, já apresentam fatores ZT excepcionais, sem precisar recorrer a nano-estruturação. É o caso do monocristal SnSe (Seleneto de Estanho), que apresenta valor recorde de ZT. O desempenho foi atribuído a sua ultrabaixa condutividade térmica (k), que, por sua vez, é gerada por fortes efeitos não-harmônicos na rede cristalina. Vários grupos não conseguiram reproduzir estes resultados, o que gerou grande debate sobre a origem da divergência de evidências.
 
Recentemente, tivemos acesso a monocristais de SnSe de alta qualidade do mesmo grupo que descobriu o desempenho excepcional e estudamos o transporte térmico e o calor específico de temperatura ambiente (300K) até baixa temperatura (2K). Após uma apropriada preparação das amostras, estudamos como o calor se transmite ao longo de diferentes direções cristalográficas. Os resultados desta investigação foram publicados no artigo “Thermal diffusivity and its lower bound in orthorhombic SnSe” na revista Physical Review B. Nosso estudo experimental confirmou que a condutividade térmica não é tão baixa como inicialmente observado e que é anisotrópica, resolvendo um debate em aberto.*
 
Estudamos também em detalhe a razão entre condutividade térmica e calor específico, chamada “difusividade” D, que é fundamental para determinar como o calor se transporta ao longo de um certo material. Em particular, encontramos que a difusividade é anisotrópica neste material, ou seja: como o calor se transfere depende da direção de propagação. Outro fato importante observado é que existe empiricamente um limite inferior em D determinado pelo tempo de Planck para cada direção cristalina considerada. Isso pode ter repercussões relevantes também em aplicações onde quer-se manipular (limitar) o fluxo de calor, como é o caso de aplicações termoelétricas.
 
Estas descobertas despertaram grande interesse teórico a fim de prover uma explicação à origem desta limitação que se manifesta quanticamente em uma região onde esperávamos um comportamento clássico. Também neste sentido, o trabalho inova: nosso trabalho já aponta um papel da anisotropia que não foi considerado no desenvolvimento teórico proposto, abrindo novos e instigantes caminhos de investigação.
 

* É importante observar que medições acuradas de transporte térmico são complexas e sujeitas a vários erros experimentais, especialmente quando se trata de setup comerciais e em amostras protótipos de tamanho reduzido.

 
► Mais informações CLIQUE AQUI para acessar o artigo. 
► O trabalho foi realizado no contexto de colaboração internacional e nacional, apoiado por auxílios FAPESP: 2018/19402-3, 2018/08845-3, 2019/26141-6. 
 

Figura: LQMEC, readaptada da Physical Review B.

 

Páginas

Desenvolvido por IFUSP