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Interdisciplinaridade supera fragmentação do conhecimento e cria diálogo entre culturas

Encanto pela ciência cresce na medida em que se compreendem mecanismos sutis que dão origem a fenómenos que impactam os sentidos

Por: Júlio Bernardes, Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


Na coluna Ciência e Cientistas, o físico Paulo Nussenzveig comenta sobre o papel da interdisciplinaridade na ciência para contornar a fragmentação do conhecimento e a falta de diálogo entre diferentes culturas. “Já mencionei aqui minha admiração por Charles Vest, que foi presidente emérito do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT”, conta. “Vest era engenheiro e possuía uma sensibilidade e capacidade de expressão verbal notáveis. Recentemente, reli um discurso que ele fez aos formandos da turma do ano 2000, mais de 21 anos atrás.” Saiba mais...


Imagem: Divulgação

 

Explorando os limites do transporte térmico

Laboratory for Quantum Matter under Extreme Conditions (LQMEC) possui diversos projetos em andamento: estudo de novos fenômenos quânticos na matéria condensada com potencial termoelétrico, preparação de materiais nanoestruturados e com fortes correlações eletrônicas, desenvolvimento de setup avançados para determinação acurada de transporte térmico bulk e em filmes finos. 

O primeiro trabalho publicado (no tema de termoeletricidade) pelos docentes pesquisadores Valentina Martelli e Julio Larrea, coordenadores do LQMEC já ressalta o potencial da linha de pesquisa recentemente instaurada no IFUSP, que visa estudar fenômenos de transporte térmico em materiais quânticos. 

Por: Profª Valentina Martelli para Comunicação IFUSP. Para mais informações, acesse LQMEC.com

 

A termoeletricidade é uma propriedade dos materiais que permite de forma prática gerar corrente elétrica a partir de um gradiente térmico (e vice-versa): ou seja, transformar calor em eletricidade. Geradores baseados em materiais termoelétricos são considerados muito promissores no cenário global de mudanças climáticas, pois poderiam contribuir na geração de energia sem emissões de gases estufa. Já são utilizados em aplicações espaciais desde a década de 70, sendo duráveis e confiáveis. Porém, em 2021, ano que a comunidade comemora o 200º aniversário do descobrimento da termoeletricidade, esta tecnologia ainda não alcançou uso em ampla escala, devido à baixa eficiência (conversão calor/eletricidade) e aos altos custos de fabricação.

O desempenho de um material termoelétrico é definido pelo fator ZT, que classifica a performance do material em traduzir calor em eletricidade. Para ser um bom candidato, o material deve, ao mesmo tempo: ser um bom condutor de corrente, ter bom coeficiente de termoeletricidade, e ser um péssimo condutor de calor. Atingir esta combinação é um grande desafio, pois estas propriedades físicas estão interligadas. Neste sentido, muitos avanços já foram realizados: seja por meio de uma melhor compreensão de como as propriedades físicas de um material são descritas pela natureza quântica dos elétrons e das vibrações dos átomos na rede cristalina e também pela manipulação destes materiais através de preparação de filmes finos e nanoestruturas, por exemplo.
 
Surgiu um interesse recente em alguns materiais que, em sua forma macroscópica, já apresentam fatores ZT excepcionais, sem precisar recorrer a nano-estruturação. É o caso do monocristal SnSe (Seleneto de Estanho), que apresenta valor recorde de ZT. O desempenho foi atribuído a sua ultrabaixa condutividade térmica (k), que, por sua vez, é gerada por fortes efeitos não-harmônicos na rede cristalina. Vários grupos não conseguiram reproduzir estes resultados, o que gerou grande debate sobre a origem da divergência de evidências.
 
Recentemente, tivemos acesso a monocristais de SnSe de alta qualidade do mesmo grupo que descobriu o desempenho excepcional e estudamos o transporte térmico e o calor específico de temperatura ambiente (300K) até baixa temperatura (2K). Após uma apropriada preparação das amostras, estudamos como o calor se transmite ao longo de diferentes direções cristalográficas. Os resultados desta investigação foram publicados no artigo “Thermal diffusivity and its lower bound in orthorhombic SnSe” na revista Physical Review B. Nosso estudo experimental confirmou que a condutividade térmica não é tão baixa como inicialmente observado e que é anisotrópica, resolvendo um debate em aberto.*
 
Estudamos também em detalhe a razão entre condutividade térmica e calor específico, chamada “difusividade” D, que é fundamental para determinar como o calor se transporta ao longo de um certo material. Em particular, encontramos que a difusividade é anisotrópica neste material, ou seja: como o calor se transfere depende da direção de propagação. Outro fato importante observado é que existe empiricamente um limite inferior em D determinado pelo tempo de Planck para cada direção cristalina considerada. Isso pode ter repercussões relevantes também em aplicações onde quer-se manipular (limitar) o fluxo de calor, como é o caso de aplicações termoelétricas.
 
Estas descobertas despertaram grande interesse teórico a fim de prover uma explicação à origem desta limitação que se manifesta quanticamente em uma região onde esperávamos um comportamento clássico. Também neste sentido, o trabalho inova: nosso trabalho já aponta um papel da anisotropia que não foi considerado no desenvolvimento teórico proposto, abrindo novos e instigantes caminhos de investigação.
 

* É importante observar que medições acuradas de transporte térmico são complexas e sujeitas a vários erros experimentais, especialmente quando se trata de setup comerciais e em amostras protótipos de tamanho reduzido.

 
► Mais informações CLIQUE AQUI para acessar o artigo. 
► O trabalho foi realizado no contexto de colaboração internacional e nacional, apoiado por auxílios FAPESP: 2018/19402-3, 2018/08845-3, 2019/26141-6. 
 

Figura: LQMEC, readaptada da Physical Review B.

 

New insights into the structure of the neutron

All known atomic nuclei and therefore almost all visible matter consists of protons and neutrons, yet many of the properties of these omnipresent natural building blocks remain unknown. As an uncharged particle, the neutron in particular resists many types of measurement and 90 years after its discovery there are still many unanswered questions regarding its size and lifetime, among other things. The neutron consists of three quarks which whirl around inside it, held together by gluons. Physicists use electromagnetic form factors to describe this dynamic inner structure of the neutron. These form factors represent an average distribution of electric charge and magnetization within the neutron and can be determined by means of experimentation

Por: Phys.org. Acesse aqui a matéria original.


"A single form factor, measured at a certain energy level, does not say much at first," explained Professor Frank Maas, a researcher at the PRISMA+ Cluster of Excellence in Mainz, the Helmholtz Institute Mainz (HIM), and GSI Helmholtzzentrum für Schwerionenforschung Darmstadt. "Measurements of the form factors at various energies are needed in order to draw conclusions on the structure of the neutron." In certain energy ranges, which are accessible using standard electron-proton scattering experiments, form factors can be determined fairly accurately. However, so far this has not been the case with other ranges for which so-called annihilation techniques are needed that involve matter and antimatter mutually destroying each other. Saiba mais...


Imagem: CC0 Public Domain

 

Pesquisadores propõem estratégia para obter refrigeração de forma otimizada

Em artigo publicado Materials Research Bulletin, pesquisadores brasileiros demonstraram que, nas vizinhanças de pontos críticos, o chamado efeito calórico (resfriamento magnético ou elétrico, por exemplo) é gigante

Por: Agência FAPESP. Acesse aqui a matéria original.


A pesquisa foi conduzida pelo grupo Solid State Physics, liderado pelo professor Mariano de Souza, do Departamento de Física da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Rio Claro, em parceria com o grupo de Antonio Seridonio, do Departamento de Física e Química da Unesp em Ilha Solteira. E contou com apoio da FAPESP. “Os referidos efeitos calóricos permitem um resfriamento do sistema em ‘resposta’ à variação de um parâmetro externo de controle, como, por exemplo, pressão, campo magnético ou campo elétrico. Para tal, é necessário que não ocorram trocas de calor entre o sistema e seus arredores. Tal condição define o chamado ‘caráter adiabático’, o qual é imprescindível para a realização do efeito calórico em questão”, diz Souza. Saiba mais...


Imagem: Resumo gráfico da pesquisa publicada em Materials Research Bulletin

 

Físicos realizam teletransporte quântico de vibrações optomecânicas

Um grande dificuldade para transmitir de informação quântica por longas distância entre computadores quânticos é que as leis da mecânica quântica impedem a simples cópia dessa informação entre os computadores. Os físicos esperam contornar esse problema fundamental “teletransportando” o estado quântico de um computador para outro

Por: SBF. Acesse aqui a matéria original.


“O teletransporte quântico foi proposto teoricamente na década de 1990 e já demonstrado em muitos experimentos, em geral utilizando o emaranhamentos entre fótons para realizar o teletransporte”, explica Rodrigo Benevides, um dos colaboradores do estudo e atualmente pesquisador de pós doutorado na Universidade Técnica de Zurique, Suíça. “A novidade é que pela primeira vez teletransportamos um estado quântico não só entre fótons, mas de fótons e modos de vibração mecânicas de dispositivos.” Saiba mais...


Imagem: Reprodução

 

Ação gravitacional do Sol e da Lua influencia o comportamento de animais e plantas, indica estudo

A atividade rítmica dos organismos biológicos, vegetais ou animais, está intimamente associada às marés gravitacionais geradas pela mecânica orbital do sistema Sol-Terra-Lua. Essa verdade, até certo ponto negligenciada pela pesquisa científica, foi posta agora em evidência por novo estudo conduzido por Cristiano de Mello Gallep, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e Daniel Robert, na University of Bristol (Reino Unido). Artigo a respeito foi publicado no Journal of Experimental Botany

Por: José Tadeu Arantes, Agência FAPESP. Acesse aqui a matéria original.


“Toda a matéria, inerte ou viva, experimenta na Terra os efeitos das forças gravitacionais do Sol e da Lua, expressos na forma de marés. As oscilações periódicas apresentam dois ciclos diários e são moduladas mensalmente e anualmente pelos movimentos desses dois astros. Foi nesse contexto que todos os organismos presentes no planeta evoluíram. O que procuramos mostrar no artigo foi que as marés gravitacionais constituem uma força perceptível e potente que moldou e molda as atividades rítmicas desses organismos”, diz Gallep à Agência FAPESP. Saiba mais...


Imagem: Cristiano de Mello Gallep/ Unicamp

 

Formulário de Materiais permanentes da FAPESP para bolsistas modelo 9

O Formulário de Termo de Transferência de Material Permanente Modelo 9 para os bolsistas FAPESP declararem na prestação final do auxílio está disponível na Aba Arquivos para ser utilizado conforme instruções


O funcionamento segue o mesmo do formulário de materiais de consumo duráveis. Mais informações encontram-se no pdf em anexo.


 

Scientists discover how forest fires influence rain cloud formation in the Amazon

A Brazilian study published in the journal Communications Earth & Environment shows how wildfires and forest burning for agriculture influence rain cloud formation in the Amazon. According to the authors, aerosols (tiny solid particles and liquid droplets emitted into the atmosphere by fire) hinder the freezing of cloud droplets when the atmosphere is humidified, but can also promote freezing when the atmosphere is dry

Por: Thais Szegö, FAPESP, Phys.org. Acesse aqui a matéria original.


This alters the natural functioning of clouds and their typical height, and may also affect precipitation and the amount of sunlight reaching the ground. To arrive at this conclusion, the scientists used a large dataset collected over a 15-year period, from 2000 to 2014, involving satellite imagery from the United States National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), measurements of atmospheric aerosols from fires made by NASA's Aerosol Robotic Network (AERONET), and reanalysis data from the European Center for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF). Saiba mais...

Imagem: Agência Brasil

 

Brasileiros e suíços se unem para estudar temas que vão de narrativas medievais a computadores quânticos

Um grupo do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) vai trabalhar em parceria com cientistas da École Polytechnique Fédérale de Lausanne no desenvolvimento de computadores quânticos. A ideia é agregar o conhecimento das duas equipes: juntar a expertise dos brasileiros na nanofotônica ao conhecimento dos cientistas suíços na produção de material bidimensional

Por: Maria Fernanda Ziegler, Agência FAPESP. Acesse aqui a matéria original.


O material bidimensional é uma alternativa ao silício para a produção de circuitos eletrônicos (chips, celulares e equipamentos eletrônicos). Uma vantagem é que ele é superior ao silício como semicondutor para os chamados computadores quânticos – essenciais para o avanço da inteligência artificial, por exemplo. “A computação quântica vai revolucionar de tal forma a vida que ainda nem sabemos o que pode acontecer. Um exemplo do impacto está na maneira como desenvolvemos medicamentos e vacinas. Mas esse é só um exemplo entre tantos outros. É importante investir nessa área agora para não ficarmos para trás nessa tecnologia”, disse  Euclydes Marega Junior , professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) e pesquisador do CEPOF – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP. Saiba mais...


Imagem: Thomas Quine/ Wikimedia Commons

 

SISGEN | Decreto Nº 10.844 de 25/10/2021

UFRRJNovas disposições sobre acesso ao patrimônio genético, proteção e acesso ao conhecimento tradicional associado e repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da biodiversidade.


Prezados(as) docentes,
 
Informamos que foi publicado em 25/10/2021 o Decreto Nº 10.844, que altera o Decreto Nº 8.772 de 11/05/2016, que dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da biodiversidade.
O novo decreto prevê a criação de um cadastro específico para as atividades de pesquisa sem exploração econômica. Acesse AQUI o documento completo. 
 
Atenciosamente,
 
Pró-Reitoria de Pesquisa
Universidade de São Paulo
 

Imagem: Divulgação

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