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Como combater o negacionismo científico? Revista “Balbúrdia” propõe caminhos pela educação

Paulo Freire, Darwin, composteira e a queima de uma vela são alguns dos temas de nova edição da revista “Balbúrdia”, organizada por estudantes da USP

Por: Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


Junto do avanço tecnológico e da valorização da ciência, uma densa nuvem de negacionismo pairou sobre o mundo, especialmente em países com governanças autoritárias. O antídoto para este mal seria aproximar a ciência das pessoas. É o que acredita um grupo de estudantes do Programa Interunidades em Ensino de Ciências da USP (PIEC). Desde o ano passado, eles publicam a Revista Balbúrdia, apostando na democratização do conhecimento científico, fornecendo base para a discussão e para o desenvolvimento do pensamento crítico nos sujeitos. Saiba mais...


Imagem: Reprodução

 

Max Planck: 4 fatos sobre vida e carreira do pai da física quântica

Descoberta do cientista alemão possibilitou o surgimento de uma nova ciência, que abriu caminhos para gênios como Albert Einstein e Erwin Schrödinger

Po: Marília Marasciulo, Revista Galileu. Acesse aqui a matéria original.


O físico teórico alemão Max Planck é considerado o pai da física quântica. Ele conquistou esse posto ao resolver o problema da radiação do corpo negro, explicando que a irradiação do calor ocorre não em um fluxo constante, mas em pequenas porções de energia chamadas quanta. Essa nova ideia possibilitou, por exemplo, que Albert Einstein formulasse o efeito fotoelétrico e a Teoria da Relatividade. Saiba mais...


Imagem: Domínio público/ Wikimedia Commons

 

As múltiplas interpretações sobre os multiversos na física quântica

Na física quântica, cientistas possuem diferentes visões sobre a “interpretação de muitos mundos” ou multiversos

Por: Júlio Bernardes, Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


A diversidade de interpretações na física quântica é o tema do físico Paulo Nussenzveig na coluna Ciência e Cientistas. “Frequentemente, as ditas ciências duras são consideradas objetivas, sem grandes espaços para a subjetividade. Hoje, quero falar um pouco de opiniões e gostos de cientistas. Recentemente, li alguns artigos descrevendo a chamada ‘interpretação de muitos mundos’, ou muitos universos, da física quântica”, conta. Na Folha de S. Paulo de domingo, Hélio Schwartsman comentou um livro de um dos defensores dessa interpretação, Sean Carroll, um físico do Instituto Tecnológico da Califórnia. Saiba mais...


Imagem: Divulgação

 

Ordem de Recebimento: formulário para recebimento de materiais no IFUSP

O novo formulário "ORDEM DE RECEBIMENTO" visa organizar entregas e evitar o extravio de materiais no Instituto de Física. 

Por: Zeladoria IF.


Prezados(as) docentes e servidores(as),

Foi criado um novo campo, de preenchimento obrigatório, no menu Formulários Online que diz respeito ao RECEBIMENTO DE MATERIAIS na nossa unidade.

Esse formulário serve para orientar o serviço de Protocolo ou de Vigilância do IF, no recebimento e encaminhamento de materiais comprados pela comunidade do IF. Na ausência dessas informações, poderá ocorrer a recusa da mercadoria, correndo por conta do interessado agendar nova entrega com o fornecedor/transportadora.

Recebido o material, pedimos a gentileza de acusar o recebimento: informar que o material foi entregue > item desejado > editar > "sim" na opção "material entregue" > salvar." 

Para acessar o sistema você deve estar logado. 

A retirada de objetos na portaria ou protocolo é responsabilidade do(a) interessado(a). O transporte de objetos volumosos depende da disponibilidade do serviço.

► Dúvidas deverão ser encaminhadas ao zeladoria@if.usp.br.


 

 

Álcool para uso profilático nos ambientes do IF

Com o retorno das atividades presenciais no Instituto de Física, reiteramos a informação da disponibilidade de frascos de álcool 70º (gel e líquido) na sala 2024 (Ala Central do Edifício Principal).

Por: Zeladoria IF.


Com o retorno das atividades presenciais no Instituto de Física, reiteramos a informação da disponibilidade de frascos de álcool 70º (gel e líquido) na sala 2024 (Ala Central do Edifício Principal). Para isso, basta solicitar ao vigia de plantão que abra a sala, retirando lá a quantidade necessária e anotando na planilha, localizada na mesa, os volumes. Para "refil", deixe o frasco vazio no local e retire outro cheio, sem a necessidade de preenchimento da planilha. Os vasilhames serão abastecidos toda segunda-feira pela manhã.

► Dúvidas deverão ser encaminhadas para o e-mail zeladoria@if.usp.br


 

 

Nobel de Física 2021 | Previsões sobre o comportamento de sistemas complexos

Pesquisadores do IFUSP que trabalham em áreas afins às laureadas com o Prêmio Nobel deste ano analisam os trabalhos contemplados. Confira o comentário do professor e pesquisador Henrique Barbosa, do Laboratório de Física Atmosférica do Instituto de Física USP.

Por: Henrique Barbosa, para Boletim Informativo IFUSP. 



Cientista japonês, alemão e italiano dividem Nobel de Física 2021 -  Mundo-NipoO prêmio Nobel de Física de 2021 foi para a área que chamamos de "Sistemas Complexos". Quando olhamos para a natureza, encontramos uma variedade de sistemas com diferentes graus de complexidade. O prêmio deste ano reconheceu nestes três cientistas a capacidade de fazer previsões sobre o comportamento destes sistemas complexos. Na minha visão, o prêmio também reconheceu a contribuição científica de uma área que é de grande importância para a humanidade - o tempo, o clima e as mudanças climáticas - mas que raramente estão sob os holofotes dos físicos.

De um lado, metade do prêmio foi para Giorgio Parisi, por seus trabalhos em Mecânica Estatística. É um prêmio bastante merecido - ele mostrou como a interação entre a desordem e as flutuações microscópicas consegue explicar as propriedades macroscópicas de sistemas físicos. Ele trabalhou com o que chamamos de "vidros de spin", que não é um vidro, mas sistemas de átomos que interagem através do acoplamento dos momentos magnéticos e que, neste caso, têm uma distribuição aleatória, como os átomos em um vidro. O trabalho mostrou como se consegue explicar essas propriedades macroscópicas a partir do mundo microscópico.

A outra metade da premiação foi para o estudo do clima na Terra. O clima do sistema terrestre é complexo da escala de milímetros à escala do planeta inteiro. Premiaram dois trabalhos e cientistas que fizeram modelos fundamentais. Um deles é o Syukuro Manabe, climatologista, que olha para o que chamamos, em física, de propriedades emergentes do sistema complexo. Ele parte do que está acontecendo com o sistema complexo terrestre para entender o funcionamento dele e poder fazer previsões sobre seu comportamento. É a visão oposta à do Giorgio Parisi, que parte do mundo microscópico. O Manabe, então, constrói o primeiro modelo para fazer previsões de Mudanças Climáticas, e faz previsões do aumento da temperatura. Esse desenvolvimento dos modelos que ele começou é o que semeou praticamente todos os modelos e os grupos de modelagem que temos hoje trabalhando nessa área no mundo. Tudo começou lá atrás, com os trabalhos dele na década de 60, que permitem termos hoje previsões muito acuradas de mudanças climáticas e o que vai acontecer com o planeta devido ao aumento do CO2 na atmosfera.

Klaus Hasselmann, o outro cientista da área de clima que dividiu o prêmio com o Manabe, trabalha parecido com o Giorgio Parisi: indo da escala micro para a macro. Ele trabalha com esse mundo microscópico, mas no sistema climático, tentando entender os processos físicos e quais são as consequências para as propriedades do clima, em termos de mudanças climáticas. Neste ponto, existe algo que as pessoas nem sempre têm clareza, que é a diferença entre tempo e clima. O tempo é o que a gente experimenta no dia-a-dia: podemos ter muito sol num local, uma tempestade em outro. E o sistema tem um comportamento médio, esse comportamento médio é o que chamamos de clima. Há uma grande dificuldade em fazer boas previsões de clima e mudança climática. Acreditava-se que a razão era apenas devido à falta de recursos computacionais - ou seja, com mais poder computacional, poderia se fazer simulações mais realistas. Só que isso não resolve totalmente. O que entendemos hoje, em parte pelos trabalhos do Hasselmann, é que a falha dos modelos ao resolverem as escalas muito pequenas no sistema climático - as escalas que vem, justamente, da parte do "tempo" - acaba afetando como conseguem prever o clima.

Foram essas duas vertentes de sistemas complexos na natureza que foram agraciadas  com o Nobel de Física este ano. Na minha visão, o prêmio manda uma mensagem muito positiva para a comunidade científica, principalmente para os mais novos, sobre a importância dessa física da complexidade que aparece em diferentes áreas de atuação dos físicos, mas que também recebe importantes contribuições de outros cientistas, evidenciando que há uma conexão entre áreas que pareciam ser distintas.


Ilustração: Niklas Elmhed / nobelprize.org

 

Giorgio Parisi, Prêmio Nobel de Física 2021

Pesquisadores do IFUSP que trabalham em áreas afins às laureadas com o Prêmio Nobel deste ano analisam os trabalhos contemplados. Confira o comentário do professor e pesquisador Nestor Caticha, do Depto. de Física Geral do Instituto de Física USP.

Por: Nestor Caticha, para Boletim Informativo do IFUSP. 


 

Giorgio Parisi, Professor na Università degli Studi di Roma “La Sapienza'', é um dos físicos teóricos mais influentes das últimas cinco décadas. Suas contribuições abrangem áreas, entre outras, tais como física de partículas e campos, invariância conforme em fenômenos críticos, ciência da computação, dinâmica de fluidos, imunologia teórica, aprendizagem de máquinas e polímeros.

Talvez sua principal contribuição esteja no estudo da Mecânica Estatística de sistemas desordenados e no estudo de quebra de simetria de réplicas em vidros de spin. A perda de invariância por translação levou uma geração de estudantes de Mecânica Estatística a dificuldades matemáticas então intransponíveis. Sua solução do problema, seguindo passos de S. Edwards, P.W. Anderson, D. Sherrington e S. Kirpatrick, demonstra uma grande intuição e vai além da importância que a solução de um problema clássico que resiste a ataques mais convencionais, possa ter. Sua contribuição está ligada a uma mudança dos temas ao alcance da física. 

A área de sistemas desordenados fornece relações entre física e outras áreas da ciência. Ao pensar em áreas da Ciência de Computação, como Teoria de otimização e complexidade algorítmica, do ponto de vista de Mecânica Estatística, podemos discutir casos típicos, complementando assim a análise de casos extremos feita nas abordagens tradicionais. 

Aprendizagem de máquinas e sua aplicação à modelagem de redes neurais, tanto artificiais, como modelos mais detalhados de sistemas neuronais biológicos, também tem se beneficiado muito da perspectiva de sistemas complexos desordenados. Imunologia computacional e modelos de dinâmica evolucionária também podem ser formulados nesta linguagem. A ação de simples agentes econômicos, com interesses antagônicos pode ser mapeada em modelos de vidros de spin. 

Pode-se argumentar que a modelagem nessas áreas na linha de sistemas desordenados ainda está na sua infância, se medida do ponto de vista de resolver perguntas específicas ou contribuir diretamente para seu desenvolvimento. Talvez uma exceção não trivial seja na construção de modelos hidrodinâmicos com aplicações ao estudo de mudanças climáticas. Indiscutivelmente este é um dos assuntos urgentes que a humanidade precisa entender melhor. 

Para um físico matemático a surpresa maior vem da prova por M. Talagrand, algumas décadas depois, que a solução de Parisi era exata. Assim, seu tour de force misturando boa física, boa matemática e alguns passos decididamente indefensáveis para aqueles com disposições matemáticas mais delicadas, levantam a questão se não há nova matemática no seu tratamento de espaços de matrizes n x n dividas em infinitos subespaços, no limite de n → 0. A falta de rigor de Dirac ao invés de afugentar Schwartz, o levou a introduzir a ideia de distribuições. Talagrand tomou um caminho totalmente diferente e demonstrou cotas superiores e inferiores para a energia livre do vidro de spin, que no limite termodinâmico convergem para a energia livre de Parisi. Mas sem saber a resposta de Parisi esse caminho seria impossível. 

Uma unificação das estruturas matemáticas de campos com semânticas tão diferentes representa um avanço indiscutível, mas requer análise mais completa. A resposta curta é que Mecânica Estatística é uma maneira de chegar a predições que podem ser confrontadas com resultados empíricos, obtidas ao processar informação da forma mais humilde possível, incluindo somente os vínculos para os quais há evidência,  embora para muitos, já dizia B. Russell, pareça “wildly paradoxical and subversive'' que só devamos acreditar nas proposições apoiadas em evidência. 

As contribuições de Giorgio Parisi o colocam como sucessor de L. Boltzmann, J. W. Gibbs, L. Onsager e K.Wilson.


Imagem: Wikipedia

 

Prêmio Nobel de Física 2021: Mudanças climáticas e sistemas dinâmicos complexos

Pesquisadores do IFUSP que trabalham em áreas afins às laureadas com o Prêmio Nobel deste ano analisam os trabalhos contemplados. Confira o comentário do professor e pesquisador Paulo Artaxo, do Laboratório de Física Atmosférica do Instituto de Física USP.

Por: Paulo Artaxo, para Boletim Informativo IFUSP. 


O Prêmio Nobel de Física foi anunciado em 5 de outubro, e os agraciados foram Syukuro Manabe e Klaus Hasselmann, que foram pioneiros no Desenvolvimento de modelos físicos do clima da Terra, e Giorgio Parisi, teórico dos sistemas complexos. 

É a terceira vez que a área de mudanças climáticas é agraciada com o Nobel. Em 1985, Mário Molina, Paul Crutzen e Sherwood Rowland ganharam o Nobel de Química pela descoberta dos mecanismos de destruição da camada de ozônio. Em 2007 o IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change) foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz junto com Al Gore. 

Os modelos climáticos são chaves na previsão do clima, e na estruturação de políticas públicas de combate às mudanças climáticas globais. Manabe desenvolveu o primeiro modelo climático em Princeton, em 1963, no primeiro computador a transistor, em um computador UNIVAC 1108 com 500 K de memória total. Hoje, roda-se modelos climáticos nos maiores supercomputadores do mundo, cobrindo toda a superfície do planeta com 12 Km de resolução espacial, com evolução temporal ao longo de 300 anos. Manabe acoplou processos atmosféricos com oceânicos, gerando as primeiras projeções climáticas. Hasselmann foi diretor do Institut Max Planck de Hamburgo, e desenvolveu o primeiro modelo acoplado entre atmosfera, oceanos e ecossistemas terrestres. Ele desenvolveu métodos para identificar sinais de atribuição das mudanças climáticas à ação do homem. Giogio Parisi descobriu padrões em materiais complexos desordenados, e encontrou maneiras de descrever estes sistemas matematicamente. Deu importantes contribuições à teoria de sistemas complexos. As aplicações cobrem várias áreas da física, matemática, biologia, neurociências e também mudanças climáticas. O último relatório do IPCC utilizou 38 modelos climáticos diferentes em um grande conjunto para minimizar bias e melhorar a acurácia das projeções climáticas.

Os modelos hoje integram processos que vão da microescala como formação e desenvolvimento de nuvens, até as menores variações do fluxo de radiação solar no visível e infravermelho. O Prêmio Nobel de Física contemplando a área de mudanças climáticas aconteceu em um momento oportuno, em que difíceis negociações serão feitas na COP-26, visando reduzir emissões de gases de efeito estufa. 


Imagem: Wikimedia Commons

 

Projeto de divulgação científica homenageia os pioneiros da física no Brasil

O Instituto Sul-Americano para Pesquisa Fundamental (ICTP-SAIFR) lançou novo programa de divulgação científica intitulado “Pioneiros da Física Brasileira”. A iniciativa foi concebida para homenagear cientistas que contribuíram decisivamente para o desenvolvimento da física no Brasil

Por: Agência FAPESP. Acesse aqui a matéria original.


A primeira homenagem foi feita a Sérgio Mascarenhas, pioneiro da física do estado sólido no Brasil que faleceu em maio deste ano. Mascarenhas também enveredou por diversas áreas de fronteira da física, contribuindo para importantes avanços e descobertas no campo da física médica, biofísica molecular, neurofísica e física do solo. Junto ao ICTP, em Trieste, desenvolveu por mais de uma década importante colaboração com o professor Abdus Salam (Prêmio Nobel em 1979), impulsionando o ensino e a disseminação de conhecimentos nessas áreas nascentes da física em muitos países da África, Ásia e América Latina. Saiba mais...


Imagem: Wikimedia Commons

 

"Antena" feita de garrafa PET, areia e pedra melhora o sinal do celular?

Será que uma garrafa PET cheia de areia e pedras tem a capacidade de melhorar a qualidade do sinal de um telefone celular? A imagem abaixo viralizou no Twitter como sendo uma opção viável em regiões com sinal fraco de internet e trouxe à luz uma técnica que volta e meia ganha destaque nas redes sociais

Por: Gustavo Minari, Canal Tech. Acesse aqui a matéria original.


Olhando de perto, é difícil acreditar que essa gambiarra consiga captar e amplificar ondas de rádio em áreas isoladas, possibilitando um acesso melhor para dispositivos móveis e outros aparelhos com conexão convencional. E, além disso, especialistas dizem que é praticamente impossível que a combinação plástico-pedra-areia tenha alguma influência no sinal do celular. “Para se ter alguma influência significativa no sinal do celular é preciso que os objetos ou as suas combinações tenham algum material bom condutor de eletricidade, como metais. Os materiais dielétricos (plástico, pedra comum e areia) são maus condutores de eletricidade e praticamente são transparentes para as ondas emitidas ou recebidas pelo celular”, explica o professor responsável pelo Laboratório de Demonstrações do Instituto de Física da USP Claudio Furukawa. Saiba mais...

Imagem: Montagem/ R7

 

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