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Destaque do Ciência USP #17: Quão profundos são os mares em Titã, a maior lua de Saturno?

Neste episódio, conversamos com o professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, Eduardo Janot Pacheco, para entender como os cientistas conseguiram calcular a profundidade do maior mar de Titã 

Por: Mariana Marques, Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


Em um artigo publicado na Journal of Geophysical Research no início deste ano, pesquisadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, estimaram a profundidade do Kraken Mare, o maior mar da lua de Saturno, Titã. A descoberta abre novas possibilidades para a exploração do astro mais semelhante ao planeta Terra, no Sistema Solar. Com dados obtidos por meio de um radar na missão espacial Cassini-Huygens, uma das mais produtivas da história, os pesquisadores conseguiram calcular que o mar, composto de metano líquido, possui cerca de 300 metros de profundidade. O dado permite que os astrônomos cogitem a possibilidade de, no futuro, enviarmos um submarino robótico até o Kraken Mare para explorá-lo. Saiba mais...

Imagem: Divulgação

 

Projeto do Laboratório de Física Atmosférica do IFUSP é contemplado com recursos para desenvolvimento

Novo projeto que trabalha com emissões de gases de efeito estufa na Amazônia, do Laboratório de Física Atmosférica do IFUSP, foi contemplado com mais um projeto de grande porte, dentro do programa dos centros de engenharias da FAPESP e cofinanciado pela Shell.

O projeto é executado no RCGI (Research Center for Greenhouse Gas Innovation) da POLI.

Por: Paulo Artaxo para Comunicação IFUSP.


O projeto "Emissão de gases de efeito estufa na Amazônia e sistema de análise de dados e serviços" terá ao menos 5 anos de duração, e visa construir um sistema computacional que integre informações de satélites, medidas em solo e trabalhos de modelagem, visando analisar o balanço de gases de efeito estufa da floresta Amazônica. Trata-se de uma parceria do IFUSP, Escola Politécnica, INPE, UNIFESP, IPAM, MapBiomas, IMAZON, NASA, Instituto Max Planck, e outras instituições, e conta com mais de 50 pesquisadores participantes.

O sistema computacional que será construído será completamente aberto, e possibilitará análises de impactos das mudanças climáticas na Amazônia, e também orientar políticas públicas. O sistema utilizará inteligência artificial para auxiliar na integração das gigantescas bases de dados com medidas de vários satélites, observações em torres de medidas na Amazônia, resultados dos modelos do IPCC, medidas meteorológicas e muitas outras informações. Hoje temos satélites com resolução espacial de 5 a 10 metros, que é um grande desafio científico pela gigantesca quantidade de informações disponíveis.

O projeto tem um orçamento significativo, dividido entre a Shell e a FAPESP. Atualmente estamos contratando 7 Pós docs para trabalhar no projeto, todos com bolsas da FAPESP. Convidamos Pós docs que tenham interesse em trabalhar nesta área a se candidatarem às 7 bolsas de Pós doc abertas no momento, no site da FAPESP e no site do RCGI (https://www.rcgi.poli.usp.br/).


Pesquisa vai desvendar o papel quantitativo das emissões de gases de efeito estufa da Amazônia. Reprodução.

Biblioteca do IFUSP: volta do Atendimento Presencial a partir de 04/10

Srs. usuários,  

Retomaremos o nosso atendimento presencial respeitando todas as normas de segurança a partir de 04/10.
Nosso atendimento será de segunda à sexta das 9h às 20h. 
 
Você terá a opção de continuar com os empréstimos agendados solicitando os livros via e-mail (bib@if.usp.br), especificando os títulos, localizações e o número USP, retirando-os no balcão dentro do horário de funcionamento.
As devoluções podem ser efetuadas a qualquer horário e dia na caixa de devoluções que está no saguão da Ala Central do prédio principal.
 
OBS: Assim que o livro for dado baixa no sistema de circulação, você receberá um e-mail de confirmação de devolução.
As renovações serão feitas on-line e pelo próprio usuário, sendo permitidas até três vezes consecutivas desde que não exista reserva para o material.
 
Continuamos atendendo aos pedidos de artigos e capítulos de livros via e-mail, bib@if.usp.br e por este link.   
As informações acima poderão ser alteradas de acordo com o quadro  da pandemia e  as normas da USP.
 
Atenciosamente,
Prof. Danilo Mustafa 
Coordenador da biblioteca

Física nuclear analisa filme Radioactive e destaca trajetória de mulheres na USP

Na série Filme com o Especialista, professores da USP comentam trailers de filmes a partir de suas experiências de pesquisa, ensino e extensão

Por: Tabita Said, Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


A trajetória da cientista que comprovou a propriedade atômica da radioatividade já havia sido retratada no cinema com o filme estadunidense Madame Curie, de 1943. Em 2019, Radioactive (disponível na Netflix) aposta em um cenário romântico da Paris do século XIX para revisitar os principais fatos da vida de Marie Skłodowska-Curie. Em ambos, historiadores da ciência questionam a acurácia científica das produções, apontando falhas nas representações científicas e no contexto histórico. “Eu acho que tem várias coisas ali que remetem aos dias de hoje, infelizmente, no sentido da falta de reconhecimento. Naquele momento eu acho que talvez mais por ser mulher do que pela área que ela abraçou”, avalia Elisabeth Yoshimura, professora do Departamento de Física Nuclear do Instituto de Física (IF) da USP. Saiba mais...

Imagem: Reprodução

 

Ciência SP | Irradiação de elétrons

Pesquisadores vinculados ao Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um dos CEPIDs apoiados pela FAPESP, projetaram e construíram um equipamento inovador para irradiação de feixes de elétrons

Por: Agência FAPESP. Acesse aqui a matéria original.


O aparelho tem custo significativamente baixo (cerca de US$ 80 mil), em comparação com as tecnologias por feixe de elétrons convencionais (US$ 500 mil e US$ 3 milhões). Com a técnica é possível obter alta precisão na modificação de materiais por meio do controle da energia utilizada, do ângulo de incidência e do tempo de exposição. A utilização correta desses parâmetros provoca defeitos na estrutura do material, permitindo o aprimoramento ou a indução de propriedades que não são possíveis de serem obtidas por métodos químicos ou físicos convencionais. Saiba mais...

Imagem: Reprodução/ YouTube

 

Tecnologia, observação do céu e turismo: conheça os benefícios do radiotelescópio BINGO, único no Brasil

“Diamante do sertão”. O apelido se refere ao radiotelescópio BINGO (acrônimo para “Baryon Acoustic Oscillations from Integrated Neutral Gas Observations”), que está sendo instalado na Serra do Urubu, na cidade de Aguiar, no interior da Paraíba. E ele não foi batizado assim apenas por conta do seu tamanho. O projeto representa um gigantesco passo para a ciência e tecnologia do Brasil

Por: Folha do Litoral. Acesse aqui a matéria original.


O objetivo principal do BINGO é explorar novas possibilidades na observação do universo a partir do céu brasileiro, segundo o professor Elcio Abdalla, coordenador do projeto e professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP). E são muitas coisas a serem vistas em um “território nacional” sobre as quais ainda se sabe muito pouco. O projeto ainda vai contribuir com a visão do Hemisfério Sul para um trabalho sobre o fenômeno que já vem sendo realizado por meio do Chime (Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment) no Hemisfério Norte. Saiba mais...


Imagem: Reprodução

 

Falecimento do Professor Yaacov Shapira

Obituary of Yaacov Shapira

No último dia 14 faleceu Yaacov Shapira “Emeritus Professor” da Tufts University (MA – USA). Os mais antigos do nosso Departamento e Instituto certamente o conheceram e se lembram dele. Yaacov foi um colaborador importante no desenvolvimento do nosso Laboratório de Estado Sólido e Baixas Temperaturas (LESBT), e vale a pena alinhar aqui um pouco da história, principalmente para os que não o conheceram, e também “for the record”. 

Por Nei Fernandes de Oliveira Jr., Professor do Departamento de Física dos Materiais e Mecânica.


 

Conheci o Shapira (como era chamado por muitos) em 1969 quando cheguei ao Francis Bitter National Magnet Laboratory (FBNML) do MIT para um período de pós-doutoramento. Éramos na época os mais jovens membros do grupo de Supercondutividade e Magnetismo liderado pelo Dr. Simon Foner (apelidado “Si”), que era também o Diretor Científico do FBNML. A simpatia inicial foi intensificada quando ”Si” nos deu a tarefa de estudar as propriedades do EuTe, parte importante de um projeto envolvendo os chalcogenetos de Európio, praticamente abrindo caminho na então incipiente área dos “semicondutores magnéticos”. O sucesso foi imediato e os artigos então produzidos até hoje são citados. Além disso, o estudo de propriedades magnéticas em semicondutores acabou por estar presente nos programas do LESBT até hoje.
 
Um dos resultados do meu pós-doutoramento no MIT foi o projeto de incluir campos magnéticos intensos no LESBT através de bobinas supercondutoras. Outro, foi a introdução de técnicas de ultrassom na investigação de materiais. Yaacov, entusiasmado com nossos resultados nos Estados Unidos, propôs vir a São Paulo comigo e me ajudar na implantação dos novos projetos. Chegou em Agosto e foi embora em Dezembro de 1971. Trouxe consigo um grande cristal de MnP e uma coleção de amostras supercondutoras que nos foram valiosos. Iniciou-se então uma série de colaborações e visitas mútuas, eu no MIT e ele em S. Paulo, que duraram até sua aposentadoria definitiva nos anos 2000 (sua última visita de trabalho em S. Paulo ocorreu em 2006).
 
Em meados dos anos 70 estudávamos no LESBT diagramas de fase de materiais antiferromagnéticos de baixa anisotropia que exibem entre outras propriedades interessantes, um “ponto bicrítico”. Fenômenos críticos era moda na época e, aproveitando o Carlos Becerra que fazia um pós-doutoramento no MIT sob supervisão do Yaacov, iniciamos uma série de trabalhos em colaboração. Depois de muitas pulicações importantes, surgiu uma idéia do próprio Becerra, de que o nosso velho conhecido MnP conteria no seu diagrama de fases um “Ponto de Lifchitz”, um ponto multicrítico previsto e estudado teoricamente mas nunca visto experimentalmente, apesar de sua procura ser parte de projeto de vários grupos importantes no mundo. Montamos no LESBT o aparato experimental necessário, e medimos com precisão as fronteiras de fase nas vizinhanças do ponto suspeito. A teoria se ajustava muito bem. Depois de alguma relutância de alguns “referees” a descoberta foi publicada e aceita. Foi seguida por um
programa de vários anos com publicações encabeçadas pelo Becerra.
 
Nos anos 80, outro grande projeto foi iniciado sobre uma nova técnica desenvolvida para estudo de interações magnéticas, os “degraus de magnetização”. Desta vez incluindo o Valdir Bindilatti, que fez também um período de pós-doutoramento no MIT (1989 a 1991) sob a supervisão do Shapira. 
 
Foram quase 20 anos de atividades neste projeto, com praticamente a totalidade das medidas experimentais realizadas em S. Paulo. Resultou um grande número de publicações com resultados importantes, como por exemplo a medida de interações magnéticas entre vizinhos distantes, até então inacessíveis experimentalmente.
 
Durante o período entre 1971 e 2005, foram inúmeras as visitas de pesquisa do Shapira ao LESBT. Nos vários projetos encetados foram feitas perto de 70 publicações, muitas com número expressivo de citações. Além de mim, do Valdir, e do Becerra, muitos membros do LESBT ao longo do tempo, aparecem como coautores de publicações junto com o Yaacov. No fim dos anos 80, com a perspectiva da saída do MIT do Laboratório Nacional de Campos Magnéticos, o Shapira aceitou uma oferta da Tufts University onde assumiu a posição de “Professor of Physics” e cerca de duas décadas depois se aposentou como “Professor Eméritus”. Em 1999 foi diagnosticado com a doença de Parkinson, que afetou severamente sua vida até o fim.
 

Imagem: Dignity Memorial

Resiliência é necessária para enfrentar “êxodo de cérebros” do Brasil

Jovens talentosos e pesquisadores estabelecidos buscam oportunidades no exterior diante do estrangulamento no financiamento da atividade científica no País

Por: Júlio Bernardes, Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


Os números preocupantes sobre o “êxodo de cérebros”, que está em curso no Brasil, são o tema da coluna do físico Paulo Nussenzveig.  “Jovens talentosos e pesquisadores estabelecidos estão buscando oportunidades na diáspora diante dos estrangulamentos no financiamento de atividades científicas aqui”, alerta. “Recentemente, a principal agência financiadora da pesquisa acadêmica em nível federal, o CNPq, lançou uma chamada de ‘edital universal’. Apesar de um incremento de R$ 50 milhões em relação ao último edital, elevando o total a R$ 250 milhões, as restrições impostas devem inviabilizar várias propostas.” Saiba mais...


Imagem: Divulgação

 

Cientistas descobrem como as queimadas interferem na formação de nuvens de chuva na Amazônia

Estudo brasileiro divulgado na revista Communications Earth & Environment revela como as queimadas interferem na formação de nuvens de chuva na Amazônia. Segundo os autores, as pequenas partículas sólidas ou líquidas liberadas na atmosfera pelas chamas – também conhecidas como aerossóis – dificultam o congelamento de gotas de nuvens quando a atmosfera encontra-se umidificada, mas podem também favorecer o congelamento quando a atmosfera está mais seca. Isso altera o funcionamento natural das nuvens e sua altitude típica, possivelmente também afetando sua capacidade de produzir chuvas e a incidência de raios solares no solo

Por: Thais Szegö, Agência FAPESP. Acesse aqui a matéria original.


(...) O objetivo da investigação era estudar de maneira observacional a temperatura de congelamento de gotas em nuvens convectivas, um tipo que se forma verticalmente e pode se desenvolver até altitudes acima de dez quilômetros, procurando entender quais são os fatores mais importantes para esse fenômeno. A presença de gelo em nuvens é muito importante, pois influencia na formação de chuva e no tempo médio que elas estão presentes na atmosfera. “Quanto maior a duração média de nuvens, mais radiação solar é refletida de volta para o espaço, contribuindo para o resfriamento do planeta”, explica Alexandre Correia, professor do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e primeiro autor do artigo. Saiba mais...


Imagem: Arquivo/ Agência Brasil

 

Estresse hídrico em São Paulo deixa florestas mais secas e vulneráveis a incêndios

Paulo Artaxo diz que a situação é agravada pela fuligem e pela fumaça, que também afetam a qualidade do ar

Por: Walace de Jesus, Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


De acordo com a estimativa da Prefeitura de Franco da Rocha, o incêndio que atingiu o Parque Estadual do Juquery, na manhã do dia 22 de agosto, acabou com 80% dos 2 mil hectares da última reserva do cerrado na região metropolitana de São Paulo presente naquela região. Ainda segundo o órgão, o incêndio foi iniciado após a queda de um balão sobre a vegetação seca. “As queimadas que observamos na cidade de São Paulo são fenômenos relativamente recentes, causados pela redução do fluxo de água entre as florestas no entorno da cidade, que ficam cada vez mais secas e vulneráveis ​​a incêndios”, destaca o professor do Instituto de Física, Paulo Artaxo, ao Jornal da USP no Ar 1 ° Edição. Saiba mais...


Imagem: francodarocha.sp.gov.br

 

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