Dimensões formativas

Práticas como Componente Curricular

As práticas como componente curricular (PCC) têm como objetivo integrar as áreas do conhecimento anteriormente citadas, fazendo com que ações específicas do trabalho de educadores científicos estejam presentes em diferentes espaços de sua formação. Através delas, busca-se evitar a fragmentação curricular, que facilmente ocorre quando determinadas componentes curriculares do curso não são pensadas em função dos objetivos gerais da formação do(a)s graduando(a)s.

De acordo com o Programa de Formação de Professores da USP (PFP-USP), as PCCs são definidas como o conjunto de atividades ligadas à formação profissional, inclusive as de natureza acadêmica, que se voltam para a compreensão das práticas educativas e de aspectos variados da cultura das instituições educacionais e suas relações com a sociedade e com as áreas de conhecimento específico. Desta forma, mesmo disciplinas da área de conhecimento Física e Áreas Afins devem tratar, através de atividades discentes, de elementos característicos do trabalho como Educador(a) em Física.
 
Estágio

Os estágios são situações em que o(a)s estudantes participam de situações reais de exercício da prática educativa. Isto faz com que o estágio seja fundamental para a formação do(a) licenciando(a), permitindo sua vivência nos diferentes espaços nos quais sua profissão é realizada.

Diferentes tipos de estágio são realizados ao longo do curso. Em alguns deles, privilegia-se a vivência e análise da escola como um todo, fazendo com que o(a)s aluno(a)s participem de momentos coletivos promovidos pela instituição e no qual se estuda o trabalho de diferentes agentes da escola (direção, coordenação etc). Em outros momentos, focaliza-se a as práticas de sala de aula, quando se busca avaliar diferentes metodologias de ensino-aprendizagem.

A realização do estágio pode envolver o acompanhamento de atividades planejadas e desenvolvidas pelo(a) responsável em supervisionar o estágio, em geral o(a) professor(a) de Física da instituição. Contudo, os cursos buscam privilegiar momentos de regência, nos quais o(a)s próprio(a)s licenciando(a)s realizam a atividade, tendo uma efetiva prática educacional. É importante destacar que em ambos os casos a análise e reflexão sobre as vivências relacionadas a situações de ensino-aprendizagem é um elemento fundamental para a formação do(a)s futuro(a)s docentes. Somente através delas as práticas são devidamente conceitualizadas, permitindo a formação de educadore(a)s autônomo(a)s.

Embora se privilegie a escola como local de realização de estágio, uma parte do mesmo pode ser realizado em outros espaços educacionais, como os museus de ciências. Assim, a formação de educadore(a)s que podem atuar em diferentes frentes pode ser devidamente realizada.
 
Atividades Teórico-Práticas de Aprofundamento (ATPA)

As ATPAs são cumpridas por meio de atividades extracurriculares. Há liberdade de escolha pelo(a)s estudantes, que elaboram um portfólio com as atividades, mas a validação das mesmas passa por aprovação da Comissão de Coordenação do Curso de Licenciatura.

Diferentes atividades precisam ser contempladas: Iniciação Científica ou Iniciação à Docência; Participação em Projetos ou Grupos de Pesquisa; Participação em Seminários, Palestras e Congressos; Ações de Divulgação Científica ou Educação Não-Formal, Participação em projetos de Extensão Universitária; etc. Estimula-se ao máximo que o(a)s estudantes, ao longo de toda a sua formação, participem da maior diversidade de atividades possível.

 

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