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Prof. Sylvio Canuto é indicado membro da TWAS

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

Docente do Instituto de Física da USP é indicado como membro da Academia Mundial de Ciências (TWAS)

O Professor Sylvio Roberto Accioly Canuto, docente do Departamento de Física Geral do Instituto de Física da USP e membro da Academia Brasileira de Ciências, é indicado para ser membro do Conselho da TWAS.

 

Professor Sylvio Roberto Accioly Canuto do Instituto de Física. Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O Prof. Sylvio Canuto é bacharel e mestre em Física pela Universidade de Brasília, fez o doutorado em Química Quântica (1979) pela Universidade de Uppsala (Suécia). Em 1989, concluiu o pós-doutoramento na Universidade da Flórida (E.U.A). Foi professor titular do Departamento de Física da UFPE, no período de 1989 a 1994. Atualmente, é professor titular do Departamento de Física Geral do Instituto de Física da USP. Foi professor visitante em mais de 20 diferentes instituições internacionais.

É membro titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, da Academia Brasileira de Ciências e coordenador da Área de Astronomia e Física junto à CAPES, além de representante do CTC-ES no Conselho Superior na mesma agência. É autor ou co-autor de mais de 260 artigos publicados em periódicos científicos nacionais e internacionais, com mais de 3860 citações, e Fator H=32. O número médio de citações de seus artigos é atualmente 14,5. Sua especialidade em pesquisa está em Teoria de Muitos Corpos, Simulação Computacional e Modelagem Molecular, com ênfase no estudo de efeitos de solvente em espectroscopia e reatividade de líquidos moleculares. (Fonte: Currículo Lattes).

O nome do Professor Sylvio Canuto foi indicado por membros do Conselho do TWAS e deverá ser confirmado na próxima Assembleia Geral Ordinária. Segundo os critérios que foram aprovados em 2013 durante a 24ª Assembleia Geral da instituição, a adesão de novos membros e a consequente constituição da Academia se dará apenas de Sócios eleitos escolhidos por sua excelência científica, que alcançaram os mais altos padrões internacionais e contribuíram significativamente para o avanço da ciência.

Os candidatos à eleição como membros da TWAS podem trabalhar e viver em qualquer parte do mundo, caso sejam de países desenvolvidos têm que ajudar a promover a ciência nos países em desenvolvimento. Outros critérios para nomeação são idade (menos de 70 anos) e ser membro de uma academia de ciências em seu país de origem.

Somente os membros do Conselho da TWAS podem nomear candidatos e cada postulante deve ser indicado por dois membros. Os candidatos são avaliados por Comitês Consultivos de Membros (um para cada seção) e depois submetidos ao Conselho, que tem a incumbência de elaborar uma lista final de candidatos à eleição.

São eleitos os candidatos que recebem o voto favorável pela maioria dos membros presentes durante a Assembleia Geral. Em média, até 50 novos membros são eleitos e a adesão é para a vida toda.

Data Publicação: 
segunda-feira, 5 Fevereiro, 2018
Data de Término da Publicação da Notícia: 
sábado, 31 Março, 2018

Artigo de docente do IFUSP publicado na Nature

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

Desmatamento vai aquecer ainda mais o clima do planeta

Desmatamento de florestas vai provocar um aquecimento do clima global muito mais intenso do que o estimado originalmente, devido às alterações nas emissões de compostos orgânicos voláteis e as co-emissões de dióxido de carbono com gases reativos e gases de efeito estufa de meia-vida curta. Um time internacional de pesquisadores, com a participação do Instituto de Física da USP e na UNIFESP-Campus Diadema, calculou a forçante radiativa do desmatamento, levando em conta não somente o CO2 emitido, mas também o metano, o black carbon, a alteração no albedo de superfície e todos os efeitos radiativos conhecidos. O resultado final aponta que a temperatura vai subir mais do que o previsto anteriormente.

A pesquisa foi publicada recentemente na revista Nature Communications, e utilizou detalhados modelos climáticos globais acoplados à química de gases e partículas em alta resolução.  Descobriu-se que as emissões de florestas que resfriam o clima (compostos orgânicos voláteis biogênicos, os BVOCs) ficarão menores, implicando que o desflorestamento pode levar a temperaturas mais altas do que o considerado em estudos anteriores. O físico Paulo Artaxo, do IFUSP, um dos autores do estudo, afirma que a maior parte dos estudos dos impactos climáticos do desmatamento publicados anteriormente focou somente nas emissões de CO2. “Neste novo estudo, levamos em conta a redução das emissões de BVOCs, a emissão de black carbon, metano e os demais gases de efeito estufa de vida curta”, explica.

Esses BVOCs, segundo Artaxo, produzem partículas nanométricas que crescem, refletem radiação solar de volta ao espaço e esfriam o clima. Os BVOCs participam de complexas reações químicas e podem produzir ozônio e metano, ambos gases de efeito estufa de meia vida curta (SLCF) que aquecem o planeta. O estudo levou em conta todos estes fatores conjuntamente, além das mudanças no albedo de superfície, quando derrubamos uma floresta e a trocamos para pastagem ou plantações”, acrescenta.

Levando em conta todos estes fatores, observou-se que as emissões das florestas que esfriam o clima têm um papel enorme na regulação da temperatura do planeta. “Derrubando as florestas, acabamos com este efeito esfriador, e aumentamos o aquecimento global”. Artaxo coloca que o efeito global é de um aquecimento adicional de 0.8oC, em um cenário de desmatamento total. “Isso é um valor alto, comparável ao atual aquecimento médio global (cerca de 1.2oC) ocorrido com todas as emissões antropogênicas desde 1850”, diz o físico.

A figura abaixo mostra que esse aquecimento é desigual, sendo maior nos trópicos, onde foi previsto um aquecimento de cerca de 2 graus na Amazônia.

Luciana Rizzo, professora da Universidade Federal de São Paulo, campus de Diadema, outra co-autora do estudo, salienta que, nos trópicos, o efeito atual das emissões de VOCs resfriando o clima é mais forte do que em florestas temperadas. “Portanto, o desmatamento nos trópicos tem um efeito mais importante no clima global”, conclui.

Mais informações:

O artigo na revista Nature Communications, Impact on short-lived climate forcers increases projected warming due to deforestation pode ser baixado livremente online no link:  https://www.nature.com/articles/s41467-017-02412-4

Para informações adicionais, contate o prof. Paulo Artaxo no fone (11)30917016, ou artaxo@if.usp.br. Este trabalho foi parcialmente financiado pela FAPESP através dos projetos temáticos AEROCLIMA e GoAmazon.

Figura com os efeitos radiativos dos aerossóis devido ao desmatamento global. Na figura à esquerda temos o efeito direto dos aerossóis e na direita o efeito indireto, ou seja, através das modificações nas nuvens. O papel das regiões tropicais é mais importante que o das florestas temperadas.

Figuras para ilustração:

 

 

 

 
Data Publicação: 
segunda-feira, 22 Janeiro, 2018
Data de Término da Publicação da Notícia: 
quarta-feira, 28 Fevereiro, 2018

Trajetória profissional de ex-aluno do IFUSP

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

Ao olhar para o céu, desde os primórdios, o homem se pergunta sobre a origem de todas as coisas. 

No capítulo III do famoso livro "Confissões", Agostinho de Hipona (Santo Agostinho), um dos grandes teóricos e ícones da Igreja Católica vai se perguntar "Onde está Deus?". Suas inquietações o levam a afirmar que a Divindade estava presente em todas as coisas, tanto nas maiores, como nas menores. 

Na dita Antiguidade Clássica, o grande pensador grego Heráclito de Éfeso, que viveu por volta do ano 500, a.C, vai falar de um Logos (razão-discurso), que  reunirá as tensões dos opostos em uma ideia de unidade fundamental. Essa noção de unidade fundamental, subjacente à multiplicidade aparente das coisas, vai ser fundamental nos séculos seguintes para a construção de um pensamento científico.

No Observatório Europeu Austral (ESO), no Chile, Bruno Dias, um astrônomo brasileiro, ex-aluno do IFUSP, mira o telescópio para o céu também com grandes expectativas de encontrar explicações para algumas das inquietações que nos afligem desde os primórdios.  

Abaixo, uma entrevista concedida por Bruno por e-mail diretamente do observatório, no Chile:

   

Foto: Arquivo pessoal 

Bruno Moreira de Souza Dias (Bruno Dias)

Onde (local) você se criou? Onde estudou antes de entrar na USP? Conte um pouco sobre sua família, que formação tem/tinham seus pais? Fale um pouco sobre sua origem, formação inicial, etc.

R: Sou de São José dos Campos e estudei no colégio Olavo Bilac/Ayres de Moura, concluindo os estudos em 2003. Minha mãe é pedagoga aposentada e meu pai é empresário no ramo de confeitaria e buffet. Meus pais sempre priorizaram uma boa educação para mim e meus dois irmãos. Fizeram sacrifícios para pagar um bom colégio e os filhos conseguimos bolsa de estudos. Participei de olimpíadas de matemática, física e astronomia, e de clubes de ciência, ganhando medalhas a nível regional e nacional além de representar o Brasil no exterior. Minha cidade natal é polo científico e tecnológico, contando com o ITA e INPE, os quais tive a oportunidade de conhecer em detalhes naquela época. A formação sólida e as oportunidades que tive com o apoio da minha família foram os pilares da minha carreira de pesquisador, que começou em 2004 no Instituto de Física (IF) da Universidade de São Paulo (USP).

Como foi a decisão de prestar vestibular para USP? Por que Física?

R: Como muitos adolescentes que passam pela pressão de decidir sua vida com 18 anos ou menos, tive inúmeras conversas, discussões e aconselhamentos com minha família, professores e orientação vocacional. As opções estavam entre administração, engenharia e física/astronomia. Administração e engenharia foram opções baseadas nas minhas habilidades, mas eu não seria tão feliz seguindo esse caminho. Meu anseio por conhecimento da natureza e do Universo falou mais alto e decidi transformá-lo em carreira acadêmica. Desde o começo meu interesse era em Astrofísica, o que em 2004 significava fazer bacharelado em Física com habilitação em Astronomia. Durante o bacharelado em Física dediquei-me a projetos teóricos em relatividade restrita e também em física experimental e só tive mais certeza de que meu caminho era a Astrofísica, e então comecei a desenvolver projetos em 2005.

Como / por que foi a decisão / oportunidade de completar seus estudos no exterior? O que e onde você estudou? Há quanto tempo está no (país, local atual)?

R: Meu projeto de doutorado com a prof. Beatriz Barbuy, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) envolvia uma colaboração direta com o astrônomo Ivo Saviane do Observatório Europeu Austral (ESO, na sigla em inglês), no Chile. Apareceu a oportunidade de estágio de doutorado no ESO-Chile por um ano. Durante 2012 e 2013 trabalhei no ESO com meu projeto de doutorado, conheci muitos astrônomos e muitas portas foram abertas. Terminei o doutorado em 2014 com tese premiada pelo IAG e pela USP. Fiz um primeiro pós-doutorado na Universidade de Durham, na Inglaterra, no grupo do prof. Ray Sharples, líder do instrumento KMOS instalado nos telescópios do ESO. Novamente o ESO cruzou meu caminho e vi que as portas que abri antes deram resultados. Hoje sou fellow do ESO e lidero meus projetos de pesquisa, além de ser astrônomo de suporte dos telescópios terrestres mais poderosos do mundo.

No contexto dos seus estudos/trabalho no (local onde estuda/trabalha) como você avalia a formação obtida no IFUSP?

R: Se o colégio foi o pilar para decidir minha carreira, o bacharelado no IFUSP foi a base para construir minha carreira. Todo astrofísico é um físico por formação, especializado em temas de astronomia. Eu não poderia ter seguido adiante com a pós-graduação e pós-doutorado sem a física. Em particular, alguns conhecimentos específicos da graduação que aplico no meu trabalho atual direta ou indiretamente são: óptica, mecânica quântica, termodinâmica, eletromagnetismo, métodos de física experimental, além de estatística, programação, astrofísica estelar, galáctica e extragaláctica.

Quais são os principais temas de pesquisas/estudos que você está realizando atualmente? Onde?

R: Minha linha de pesquisa é sobre populações estelares e arqueologia galáctica. Em particular, estudo aglomerados de estrelas, que funcionam como fósseis para reconstruir a história da evolução química e dinâmica das galáxias às quais pertencem. No momento estou focado nos aglomerados da Via Láctea e das Nuvens de Magalhães. Existem dois cenários para a evolução dinâmica das Nuvens de Magalhães: o clássico diz que essas duas galáxias orbitam a Via Láctea e que as forças de maré entre as três galáxias foram responsáveis por formar as estruturas de gás e estrelas nas periferias das Nuvens. Um cenário moderno diz que as Nuvens estão em seu primeiro encontro com a Via Láctea e apenas as interações de maré entre as duas Nuvens é suficiente para criar as estruturas de gás e estrelas. Eu estudo os aglomerados de estrelas das Nuvens e com eles traço a composição química e construo um mapa 3D de sua distribuição tudo isso em função do tempo, o que torna possível mostrar a evolução dos efeitos das forças de maré. Esse projeto recebe o nome de VISCACHA e usamos o telescópio SOAR, fruto da parceria do CNPq com os americanos NOAO, UNC e MSU.

Há colaboração entre a instituição em que está atuando e a USP? Se sim, por favor, descreva.

R: Individualmente há muitos cientistas da USP e do ESO que desenvolvem colaborações em diversas áreas da Astrofísica. Em termos de projetos tecnológicos, o espectrógrafo CUBES é uma parceria entre ESO, IAG/USP e LNA/MCTIC. Este instrumento deveria ser instalado em um dos telescópios de 8.2m do observatório Paranal do ESO, no Chile. Este projeto é parte do acordo assinado entre Brasil e ESO em 2010 no qual o Brasil se tornaria o 16o país membro. O contrato foi aprovado pelo congresso e senado e aguarda ratificação do presidente da República.

Quais são os seus projetos para 2018? E na área em que você atua quais são as inovações que você consegue antever?

R: Em 2018 continuo a fellowship do ESO desenvolvendo meus projetos científicos e servindo a comunidade científica operando os telescópios do observatório Paranal. Em termos de inovação, sou um dos responsáveis por atualizar a linguagem de programação usada nos telescópios do Paranal para python. Os telescópios estão em operação há 20 anos, e apesar de haver manutenção diária e atualização dos sistemas e componentes usados, a base dos softwares e scripts usados nas operações ficariam obsoletos em alguns anos mais. Python é usado na NASA, será usado no maior telescópio do mundo (ELT) em construção pelo ESO, e muitos cientistas usam e desenvolvem ferramentas nessa linguagem. Esse movimento de inovação pertence a um contexto maior: os telescópios modernos produzirão terabytes de dados por noite e os desafios são armazenar, transferir e processar. É importante estar atualizado em programação para trabalhar de modo mais eficiente nessa nova era do big data.

Avaliando a sua experiência quais são as vantagens e desvantagens de trabalhar e realizar pesquisas no exterior?

R: No caso específico da Astrofísica, é crucial manter colaborações científicas internacionais e ganhar visibilidade e prestígio por trabalhos feitos rigorosamente e com impacto. Além disso, os telescópios atuais custam muito e são possíveis graças às colaborações intergovernamentais. Trabalhar no exterior abre portas tanto individualmente quanto para o Brasil. A desvantagem de trabalhar no exterior é pessoal, em outras palavras, a distância da família e amigos.

Pretende voltar para o Brasil? Por quê?

R: Como disse acima, minha presença no exterior abre portas e fortalece a carreira. Meu próximo passo é buscar uma posição permanente como pesquisador em uma universidade ou observatório. Se o Brasil oferecer um bom contrato eu voltaria. No momento mantenho colaborações com pesquisadores da USP e de várias outras universidades brasileiras e ofereço oportunidades para seus estudantes trabalharem comigo no exterior, ganhando experiência e abrindo portas.

     

Data Publicação: 
terça-feira, 16 Janeiro, 2018
Data de Término da Publicação da Notícia: 
quarta-feira, 28 Fevereiro, 2018

No aniversário da cidade, um presente para SP

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

No aniversário da cidade, um presente do projeto Arte & Ciência para São Paulo.

O projeto Arte & Ciência se apresentará para o público do Planetário do Parque do Ibirapuera no aniversário da cidade. O desafio é estimular quem estiver na fila esperando a sua vez a tomar contato com ciência de uma forma alegre e divertida. Coordenado pelo professor Mikiya Muramatsu, o projeto vem despertando a curiosidade de milhares de pessoas ao longo de mais de uma década.

Imagem: divulgação.

Quem estiver esperando na fila do Planetário no Parque do Ibirapuera no aniversário da cidade de São Paulo poderá ter contato com monitores do projeto Arte & Ciência e não vão achar que o tempo passou apenas porque uma série de experimentos apresentados por alunos da USP despertarão o seu interesse, mas pelo fato de que poderão interagir com os objetos científicos. “O nosso projeto busca apresentar o conhecimento científico de uma forma lúdica e atraente para um público leigo, as pessoas entendem os experimentos científicos através da interação e a consequente busca pelos conceitos se dá de forma natural”, diz o professor Mikiya.

As atividades que estão previstas e que foram apresentadas pela coordenação do projeto Arte & Ciência à equipe do Planetário foram as seguintes: atendimento ao público da fila com atividades lúdico-educativas visando agregar valores aos visitantes espontâneos, bem como do público escolar que estiver presente; exposições; demonstrações e oficinas. As atividades serão executadas por doze monitores bolsistas, os quais receberão apoio de mestrandos, doutorandos, coordenados pelos professores Mikiya Muramatsu e Cecil Chow Robilotta.

A equipe do Planetário do Ibirapuera está organizando uma semana de comemorações do aniversário de São Paulo em 2018. A ideia é que ocorram atividades do dia 25 ao dia 28, das 10h às 22h. Mais informações:

https://parqueibirapuera.org/equipamentos-parque-ibirapuera/planetario-i...

Sobre o projeto Arte & Ciência no Parque:

Coordenação: Professor Mikiya Muramatsu - IFUSP

mmuramat@if.usp.br

Data Publicação: 
quarta-feira, 10 Janeiro, 2018
Data de Término da Publicação da Notícia: 
domingo, 28 Janeiro, 2018

Artigo publicado na AIP Physics of Plasmas

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

 

Trabalho resultante de colaboração firmada entre as Universidades de São Paulo e de Princeton é destacado pelo American Institute of Physics

Artigo liderado por ex-aluno de doutoramento do IFUSP promove entendimento inédito sobre instabilidades que colocam em risco o funcionamento de futuros reatores a fusão nuclear. A descoberta foi recentemente comprovada através de experimentos específicos realizados na maior máquina tokamak dos EUA.

Entre as várias aplicações da Física de Plasmas, destaca-se a pesquisa que visa a viabilidade do uso da fusão termonuclear controlada como uma futura fonte de energia limpa e praticamente ilimitada. Encontra-se em construção no sul da França o experimento ITER, formado por um consórcio internacional e atualmente orçado em cerca de 20 bilhões de euros. O empreendimento ITER, cuja configuração toroidal é conhecida como tokamak, recentemente alcançou a marca de metade de sua construção concluída.

O confinamento de íons rápidos (íons com energias muito maiores que a energia térmica) é considerado um dos pontos cruciais para que o ITER alcance o breakeven (quando a energia gerada pelas reações de fusão consegue compensar a energia necessária para se aquecer o plasma) e, com isso, mostrar a viabilidade científica de reatores a fusão nuclear.

Plasmas são formados por partículas carregadas eletricamente e, por isso, respondem aos estímulos eletromagnéticos. A combinação entre seu comportamento como um fluido e de sua resposta a campos magnéticos aplicados rende ao plasma um modo próprio de oscilação conhecido como modo de Alfvén. Este modo, ou onda, foi previsto em 1942 e rendeu a Hannes Alfvén, o Prêmio Nobel de Física de 1970. As ondas de Alfvén podem interagir ressonantemente com os íons rápidos (através do mecanismo conhecido como amortecimento de Landau) de maneira instável e gerar a indesejável ejeção dessas partículas para fora do plasma, o que compromete a continuidade das reações de fusão nuclear. A forma pela qual os íons rápidos são tipicamente ejetados, de maneira difusiva ou convectiva, é diretamente relacionada à forma espectral de oscilação das ondas de Alfvén (tipicamente com frequência quase-estacionária ou com frequência variando rapidamente, num processo chamado chirping, respectivamente).

O controle e, consequentemente, a mitigação da amplitude de tais instabilidades é uma das principais pautas de pesquisa associadas ao experimento ITER. Caso a perda de partículas seja substancial, o funcionamento do reator fica altamente comprometido. Apesar de haver um entendimento teórico genérico de que a evolução dessas ondas está relacionada à capacidade de se manter “pacotes” coerentes de partículas ressonantes no plasma, nunca existiu entendimento em relação aos fatores-chave que determinam a natureza da evolução das ondas em experimentos reais de tokamaks. O mecanismo que afeta a transição de ondas de Alfvén entre as duas respostas espectrais típicas foi recentemente identificado dentro da colaboração “Unveiling Efficient Ways to Relax the Energetic Particle Profiles due to Alfvenic Eigenmodes in Burning Plasmas”, liderada pelo Prof. Ricardo Galvão, do Laboratório de Física de Plasmas da USP, e pelo Dr. Nikolai Gorelenkov, do Laboratório de Física de Plasmas de Princeton.

Os pesquisadores, utilizando teoria e simulações computacionais, predisseram que a turbulência que afeta a dinâmica dos íons rápidos (normalmente não contabilizada em estudos da área) seria o fator-chave para o comportamento das ondas de Alfvén. A comparação com os dados experimentais disponíveis até então mostrou que esta seria uma explicação condizente com as observações. Interessados em testar a fundo a predição reportada no artigo publicado na revista Physics of Plasmas, pesquisadores do maior tokamak dos EUA, o DIII-D, propuseram e realizaram experimentos específicos em que puderam variar os níveis de turbulência do plasma.

Os resultados mostraram que as oscilações em forma de chirping são comuns em descargas com baixa turbulência e raras em condições de alta turbulência, em consonância com o modelo proposto pelo Dr. Vinícius Duarte em sua tese de doutoramento. Verificou-se, portanto, que de fato a turbulência é mediadora da natureza espectral das ondas. A descoberta permitirá antecipar os cenários esperados para o ITER, além de direcionar esforços de modelagem específicos de tais cenários.

Referências:

Scilight do American Institute of Physics: http://aip.scitation.org/doi/10.1063/1.5018736

Artigo: http://aip.scitation.org/doi/10.1063/1.5007811

Contatos:

Vinícius N. Duarte – E-mail: vduarte@pppl.gov

Ricardo M. O. Galvão – E-mail: rgalvao@if.usp.br

A pesquisa aqui reportada ocorreu dentro da colaboração USP-Princeton “Unveiling Efficient Ways to Relax the Energetic Particle Profiles due to Alfvenic Eigenmodes in Burning Plasmas” e recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), através dos processos 2012/22830-2 e 2014/03289-4, e do Departamento de Energia dos EUA, através dos contratos DE-AC02-09CH11466 e DE-FC02-04ER54698.

 

Data Publicação: 
segunda-feira, 18 Dezembro, 2017
Data de Término da Publicação da Notícia: 
sábado, 31 Março, 2018

Artigo de docente do IFUSP publicado na PNAS

Fonte: Wikipedia - Imagem: Coesita

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da Universidade de São Paulo:

ARTIGO DE DOCENTE DO IFUSP, DENTRO DO PROGRAMA BRASIL-CHINA PARA MATERIAIS SOB CONDIÇÕES EXTREMAS É PUBLICADO NA REVISTA CIENTÍFICA “PROCEEDINGS OF THE NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES THE UNITED STATES OF AMERICA (PNAS)".

“Multiple pathways in pressure-induced phase transition of coesite”

Autores:  Caetano R. Miranda (Univesidade de São Paulo); Wei Liu; Xuebang Wu; Yunfeng Liang; Changsong Liu (Academia Chinesa de Ciências) e Sandro Scandolo (The Abdus Salam International Centre for Theoretical Physics, Itália).

 

http://www.pnas.org/content/early/2017/11/20/1710651114.abstract

 

O artigo acima foi publicado na revista da Academia de Ciências dos Estados Unidos (PNAS), uma das mais importantes revistas científicas da atualidade e tratou dos mecanismos de transformação da coesita sob ultra altas pressões.

A Coesita é um polimorfo da Sílica em altas pressões decorrente de processos metamórficos que ocorrem em profundidades típicas do manto terrestre. Apesar de sua importância, os mecanismos de transformação eram pouco entendidos.

Fonte: Wikipedia – Imagem: dinâmica molecular da Coesita

 

No trabalho publicado na prestigiosa revista científica “Proceedings of the  National Academy of Sciences of the United States of America” (PNAS), o  Prof. Caetano Miranda (DFMT-IFUSP) e colaboradores da Academia Chinesa de Ciências e The Abdus Salam International Centre for Theoretical Physics, na Itália utilizaram dinâmica molecular para identificar os múltiplos caminhos de transformação da coesita sob altas pressões.

A compreensão dos mecanismos moleculares de transformação deste importante mineral geológico tem implicações no entendimento da dinâmica das placas tectônicas, composição e processos que ocorrem na crosta e manto terrestre. Esse trabalho foi fruto da parceria dentro do programa bilateral Brasil-China do MCTIC para materiais sob condições extremas. Os resultados do trabalho também serviram de inspiração ao projeto de sonificação, desenvolvido pelo Prof. Miranda com apoio da Comissão de Cultura e Extensão do IFUSP. Nesse projeto, os dados dos espectros da Silica em suas diversas polimorfos foram convertidos em sons.

 O artigo “Multiple pathways in pressure-induced phase transition of coesite” pode ser acessado em:

 http://www.pnas.org/content/early/2017/11/20/1710651114.abstract


  Os sons dos espectros da transformação da sílica decorrentes das profundezas da Terra podem ser apreciados no site do projeto Cri@tividade:
 

 http://sites.google.com/site/criatividadeifusp/silica_sons

 

     Fonte: Wikipedia – Imagem: Cratera de Chicxulub (Península de Iucatã, no México).
 
A Cratera de Chicxulub localizada no México, na Península de Iucatã, tem mais de 180 km de diâmetro e foi descoberta no final da década de 90 do século passado pelo geofísico Glen Penfield.

A Coesita é conhecida por ser um indicativo da potencial queda de um asteroide que poderia ter formado a cratera e levado a extinção de numerosos grupos de animais, dentre eles os dinossauros. As pesquisas geológicas indicam que o impacto deve ter ocorrido há mais ou menos 66 milhões de anos, no final do período conhecido como Cretáceo.

 

Mais informações:

 

Professor Caetano Rodrigues Miranda

Departamento de Física dos Materiais e Mecânica
Laboratório SAMPA

Rua do Matão, 1371 - Cidade Universitária
CEP 05508-090 - São Paulo, SP
Tel (11) 3091-7009

E-mail de contato:

cmiranda@if.usp.br

 

 

 
 
 
Data Publicação: 
segunda-feira, 4 Dezembro, 2017
Data de Término da Publicação da Notícia: 
sábado, 31 Março, 2018

Disciplina optativa "Ciência e Tecnologia do Vácuo"

 Disciplina optativa do curso de Bacharelado em Física "Ciência e Tecnologia do Vácuo", para o 1º semestre de 2018

Serão abertas 05 vagas para alunos interessados em cursar a disciplina como alunos especiais

As inscrições para alunos especiais serão abertas no período de 16 a 19/01/2018

Mais informações sobre o processo de matrícula:

http://portal.if.usp.br/salunos/pt-br/aluno-especial

Sobre a disciplina:

https://uspdigital.usp.br/jupiterweb/obterTurma?sgldis=4300323

A disciplina optativa “Ciência e Tecnologia do Vácuo no IFUSP”, foi a primeira disciplina para o ensino dessa tecnologia a ser implantada no Brasil há mais de 30 anos. A Tecnologia do Vácuo é ferramenta básica em várias áreas da Física Experimental e em vários setores da Indústria. No Brasil, existem aproximadamente 3000 indústrias que utilizam essa tecnologia.

A descoberta dos raios-X, do elétron e de inúmeras partículas elementares ocorreram a partir de experimentos em vácuo. Esses estudos são realizados até hoje em grandes aceleradores de partículas, que utilizam tecnologia de ponta para mantê-los num regime de ultra-alto vácuo. Todos os processos para a fabricação de transístores, que deram origem aos circuitos integrados e à microeletrônica, dependem fortemente dessa tecnologia. Essa tecnologia é utilizada também em pesquisas de novos materiais, no estudo de superfícies, na tecnologia espacial, física de plasma, aceleradores de partículas, tubos de raios-X, tubos de raios laser, válvulas eletrônicas, filmes finos, metalização, fornos a vácuo para produção de metais especiais, etc.

A disciplina optativa Ciência e Tecnologia do Vácuo será oferecida no IFUSP no primeiro semestre de 2018, sendo recomendada aos alunos dos últimos dois anos do curso que estejam interessados em Física Experimental ou em obterem uma iniciação profissional nessa tecnologia. No próximo semestre serão oferecidas 20 vagas para alunos regulares e 05 vagas para alunos especiais. A disciplina consta de duas aulas teóricas semanais e uma atividade experimental de quatro horas a cada 15 dias, totalizando 6 créditos. Nesta disciplina, são apresentados os conceitos da teoria cinética dos gases, necessários para o estudo de vácuo, assim como conceitos de velocidade de bombeamento, escoamento de gases nos diferentes regimes, bem como cálculo e conceito de condutâncias para projetos de sistemas de vácuo. São discutidos sistemas de vácuo, medidores de pressão, bombas de vácuo, componentes, vazamentos reais e virtuais, materiais e fontes de gases associadas com seus respectivos modelos, tais como: gás do volume, desorpção térmica, difusão, permeação, vaporização, backstreaming, etc.

As aulas teóricas são complementadas através da realização de experimentos específicos, vitais para a interação dos alunos com sistemas de vácuo, bem como para o aprendizado de tomada de atitudes durante o processo de escoamento de gases nos diferentes regimes. As atividades práticas são divididas em três ciclos de experimentos. No primeiro ciclo são estudados medidores de pressão: pré-vácuo e alto-vácuo. No segundo ciclo são feitas medições de velocidade de bombeamento e condutâncias de tubos. Nesta etapa, é dada uma atenção especial na metrologia das medidas das velocidades de bombeamento. No terceiro ciclo de experimentos é estudada a detecção de vazamentos reais e virtuais, com o auxílio de detectores de vazamentos, e são apresentadas também técnicas de produção de filmes finos.

Para maiores informações, consulte as páginas:

http://portal.if.usp.br/tecvac/

https://edisciplinas.usp.br/course/view.php?id=11981

Contato:

Prof. Nilberto H. Medina – E-mail: medina@if.usp.br

 

 

 

Data Publicação: 
quarta-feira, 22 Novembro, 2017
Data de Término da Publicação da Notícia: 
sexta-feira, 19 Janeiro, 2018

Inscrições para o 15º Encontro USP-ESCOLA

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

Instituto de Física organiza o 15º Encontro USP Escola

De: 15 a 19 de janeiro de 2018, das 8 às 17 horas.

 

Encontro USP - ESCOLA é um programa que oferece gratuitamente cursos de atualização para professores de diversas disciplinas do ensino fundamental e médio. Apresenta temas e abordagens diversificadas, procurando responder a demandas atuais da escola básica. O aprendizado é intensificado pela troca entre as vivências e práticas educacionais de professores e as diferentes propostas desenvolvidas na USP.

O 15º Encontro USP-ESCOLA ocorrerá no período de 15 a 19 de janeiro.

As inscrições deverão ser realizadas até o dia 21 de novembro, ao meio-dia, no site:

http://portal.if.usp.br/extensao/pt-br/webform/inscri%C3%A7%C3%A3o-15%C2%BA-encontro-usp-escola

CALENDÁRIO DAS ATIVIDADES

28/10 - 12h - Publicação dos cursos / ABERTURA DAS INSCRIÇÕES

21/11 - 12h - Encerramento inscrições

22/11 - 12h - ABERTURA DAS CONFIRMAÇÕES DE INTERESSE

28/11 - 12h - Encerramento confirmações de interesse

29/11 - 16h - SORTEIO DAS VAGAS / Início do prazo para desistências

30/11 - 16h - DIVULGAÇÃO LISTA CONTEMPLADOS

15/12 - 16h - 1ª convocação da lista de espera

22/12 - 16h - 2ª convocação da lista de espera

04/01 - 12h - PRAZO FINAL PARA DESISTÊNCIAS

05/01 - 16h - 3ª convocação da lista de espera / PUBLICAÇÃO FINAL DA LISTA DE INSCRITOS

15/01 - 7h30 - ABERTURA DO EVENTO (Local a ser divulgado)

19/01 - 17h - Término do evento

Encontro USP - ESCOLA ocorre duas vezes ao ano, com formações simultâneas nas unidades da universidade, em várias áreas do conhecimento.  Desde 2007, já participaram pela formação complementar mais de 5 mil professores.

A iniciativa também é um espaço para discussão e construção de colaboração entre a universidade e a escola para transformação da realidade do ensino fundamental e médio.

Para a coordenadora do Programa da USP, Profa. Vera Henriques, “o Encontro USP-ESCOLA permite que a universidade pública dialogue com a escola pública. A comunidade universitária, através de seus professores e estudantes apresenta novos conhecimentos, tanto teóricos quanto práticos, baseados em suas pesquisas, e a comunidade escolar, através de seus professores, trás suas demandas, seja pela aplicação do conhecimento, seja pela discussão de modelos de escola e da realidade da escola,  ou de políticas públicas para a educação na visão do dia a dia da escola.  São cinco dias de intenso compartilhamento, entre universidade e escola, como também entre professores de escolas de diversas regiões do estado de São Paulo, ou até do Brasil.”

Mais informações:

http://portal.if.usp.br/extensao/pt-br/node/442/

 

Conheça os cursos ofertados nesta edição:

 

·         15ENC 01 - Tecnologia da Informação e Comunicação em Ambientes Educacionais

 

·         15ENC 02 - Educação midiática e práticas educomunicativas

 

·         15ENC 03 - Museus e Coleções como Instrumentos para o Aprendizado em Ciência

 

·         15ENC 04 - Experimentos de Física

 

·         15ENC 05 - Escola pública democrática: (re) construindo conceitos

 

·         15ENC 06 - As heranças artísticas e culturais afro diaspóricas em diálogo com a educação a partir da Lei 10.639/03

 

·         15ENC 07 - O Regime Militar e o ensino de humanidades

 

·         15ENC 08 - Litosfera no Ensino de Química

 

·         15ENC 09 - Espaços de educação não-formal: limitações, possibilidades e desafios (3ª edição)

 

·         15ENC 10 - Transdisciplinaridade e problematização no Ensino de Ciências: produção e utilização de sequências de ensino investigativo como estratégias de Ensino-aprendizagem.

 

·         15ENC 11 - Cor e ciência - a física das cores através da pintura

 

·         15ENC 12 - Introdução à natureza da ciência e possibilidades de abordagem no ensino de biologia

 

·         15ENC 13 - O conceito de espaço e a evolução das medidas astronômicas

 

·         15ENC 14 - Desafios da escola pública para oferta de uma educação inclusiva: perspectivas teóricas e prática no cotidiano escolar

 

·         15ENC 15 - Física de Partículas no Ensino Médio: Subsídios para Professores

 

·         15ENC 16 - Laboratório de materiais educativos: interdisciplinaridade em museus

 

·         15ENC 17 - Massa: o conceito de Newton a Higgs

 

·         15ENC 18 - Eletroquímica Aplicada

 

·         15ENC 19 - Gêneros da esfera acadêmica para ingresso na Pós-graduação

 

·         15ENC 20 - Eletromagnetismo - aprendendo com mãos e mentes, experimento e discussão

 

·         15ENC 21 - Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

 

·         15ENC 22 - Ver, dialogar, experimentar Arte: Imersão no MAC (9º Edição)

 

SERVIÇO:

15º Encontro USP-ESCOLA
Local: Universidade de São Paulo
Endereço: R. do Matão, 1371 - Butantã, São Paulo – SP.
Data: de 15 a 19 de janeiro de 2018.
Inscrições:
http://portal.if.usp.br/extensao/pt-br/node/442/

Data Publicação: 
segunda-feira, 30 Outubro, 2017
Data de Término da Publicação da Notícia: 
terça-feira, 21 Novembro, 2017

Palestra e demonstrações no Parque da Água Branca

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

Foto: Divulgação

Legenda: Prof. Mikiya Muramatsu apresentando experimentos do projeto Arte & Ciência no Parque para professoras da Escola Estadual Geraldo Justiniano de Rezende Silva, em Suzano – SP.

 

DEMONSTRAÇÕES NO PARQUE

“Brincando com a luz: sombras coloridas, arco-íris e laser”

 

Os espaços de educação não formal ajudam na compreensão do mundo da ciência e da cultura em geral, além de complementar os conteúdos do currículo escolar.

No próximo dia 28 de outubro, sábado, às 10h30, o professor Mikiya Muramatsu, docente associado sênior do Instituto de Física da USP e coordenador do projeto Arte & Ciência no Parque, vai ministrar uma palestra e fará demonstrações no Parque da Água Branca, no Auditório Paulinho Nogueira, em frente à arena.

Para o professor Mikiya, “as ações de divulgação científica realizadas em parques, praças ou feiras de ciências têm dois vértices que são muito importantes: o primeiro deles é o de garantir direitos, como o do acesso ao conhecimento e aos bens culturais produzidos pela humanidade e, nesse sentido, é fundamental que projetos de extensão universitária reflitam as pesquisas desenvolvidas e difundam temas atuais e de interesse da sociedade ajudando com isso a melhorar o nível cultural e reforçando assim a política de inclusão social, que é um dos grandes desafios do nosso país e, o outro aspecto, é que a divulgação científica deve feita de forma lúdica e atraente”.

Ele conta que o projeto Arte & Ciência no Parque foi concebido com o objetivo de difundir a ciência para um público que normalmente não tem acesso ao conhecimento dito científico, mas que o utiliza diariamente em suas vidas. Para o professor Mikiya, “quando o público toma contato com os experimentos apresentados, ele participa ativamente das atividades e assim passa a identificar a ciência e a tecnologia como parte do seu cotidiano e isso possibilita uma relação mais íntima com o conhecimento”.

Desde 2011, o projeto Arte & Ciência tem se apresentado nos parques de São Paulo, em diversas escolas públicas, nas praças, feiras e em congressos científicos mostrando a ciência e a tecnologia através de uma abordagem lúdica e interativa.

O professor Mikiya faz um convite à população paulistana para que, na manhã do dia 28.10, possa trazer seus filhos para acompanhar a apresentação “tomara que seja um dia bem ensolarado e agradável, pois é preciso estimular desde cedo o contato das crianças com o universo da ciência e isso pode ser feito em espaços de educação não formal, como o Parque da Água Branca. Além de permitir que elas tomem gosto pelo conhecimento, esse tipo de atividade pode ajudar a entender as transformações tecnológicas que as cercam”.   

 

Foto: Divulgação

Legenda: monitores do projeto Arte & Ciência no Parque fazendo demonstrações de experimentos científicos para os alunos e também para a comunidade do entorno da Escola Estadual Geraldo Justiniano de Rezende Silva, em Suzano – SP.

SERVIÇO:

Demonstrações no Parque “Brincando com a luz: sombras coloridas, arco-íris e laser”.

Dia: 28 de outubro, sábado, 10h30.

Local: Parque da Água Branca

Av. Francisco Matarazzo, nº. 455 – Auditório Paulinho Nogueira, em frente à arena.

Atividade gratuita, aberta a todas as pessoas de todas as idades.

Inscrições pelo site: http://portal.if.usp.br/extensao/ 

Data Publicação: 
segunda-feira, 23 Outubro, 2017
Data de Término da Publicação da Notícia: 
sábado, 28 Outubro, 2017

Escola Avançada sobre Biofísica no IFUSP

Tema de Nobel de Química e Medicina, biofísica molecular atrai

130 alunos do Brasil e exterior para evento na USP

Curso do Instituto de Física da Universidade de São Paulo atrai inscrições de estudantes de pós-graduação e jovens cientistas de 8 Estados e 24 países

Depois do feriado do dia 12 de outubro, mais de 130 jovens brasileiros de 8 Estados e 24 países vão passar duas semanas discutindo biofísica molecular, tema que já rendeu no ano passado um prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia. Neste ano, o assunto também levou o Nobel de Química. São alunos de pós-graduação e jovens pesquisadores de áreas como Física, Biologia, Química, Biomedicina, Bioquímica, Neurociência e Biocomputação. Ao todo, serão 133 estudantes.

Os temas vão ser discutidos durante o curso São Paulo Advanced School of Science on Biophysical Methods to Study Biomolecular Interactions, que acontece entre os dias 16 e 27 de outubro no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP).

Serão dez dias mergulhados em questões que tratam de temas como criomicroscopia, que rendeu o Nobel de Química neste ano. Trata-se de uma técnica bastante nova que vem sendo usada na determinação da estrutura de proteínas de membrana, por exemplo.

“A aplicação prática disso é melhorar o conhecimento de estrutura e função de biomoléculas inseridas em membranas biológicas sem a necessidade de cristalização, muitas vezes difícil e não factível. O melhor entendimento da relação estrutura versus função tem potencial impacto na área de saúde e de prevenção.  Então, quem sabe, podemos ter no curso hoje um eventual candidato a uma grande descoberta e a um prêmio Nobel no futuro”, disse a professora Rosangela Itri, coordenadora do curso.

O curso recebeu mais de 300 pedidos de inscrição, o que surpreendeu os organizadores. Com a procura, o número de vagas oferecidas (50 para o Brasil e 50 para o exterior) teve que ser ampliado. Os estudantes selecionados estão desenvolvendo projetos de pós-graduação ou são pós-doutores em áreas relacionadas à biofísica.

São alunos trabalhando com aplicações de técnicas de espalhamento, ressonância paramagnética eletrônica e nuclear magnética no estudo da conformação de proteínas e interação de proteínas, peptídeos e fármacos com membranas celulares, por exemplo.  Eles fazem parte de universidades do Brasil e do Canadá, EUA, Cuba, México, Colômbia, Peru, Uruguai, Argentina, Chile, Austrália, África do Sul, Índia, Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Suécia, Holanda, Armênia, Bulgária, Hungria, Escócia e Inglaterra.

Durante o curso, eles terão estágios experimentais, aulas práticas, ministradas em laboratórios do IF e também do Instituto de Química da USP, e aulas teóricas. “Além do conhecimento, um fator importante na pesquisa é a troca de conhecimento, razão pela qual estão previstos vários momentos em que os participantes vão interagir entre si e com os palestrantes de renome na área”, apontou Rosangela Itri.

Entre os palestrantes internacionais, os alunos poderão ouvir, por exemplo, Angela Gronenborn, da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, que estuda o vírus HIV.

Há outros palestrantes, como Yaakov Levy, do Instituto Weizmann de Ciência (Israel), Manuel Pietro, da Universidade de Lisboa (Portugal), Anthony Watts e Christina Redfield (Universidade de Oxford, Reino Unido), Bonnie Wallace e Robert Janes (Universidade de Londres, Reino Unido), Jose Maria Caraso (Centro Nacional de Biotecnologia, Espanha) e Nuno Santos (Universidade de Lisboa, Portugal).

No grupo de palestrantes brasileiros estão, além da professora Rosangela Itri, José Luiz Lopes, Leandro R.S. Barbosa e Kaline Coutinho, do IF-USP. Do Instituto de Química da USP participa o professor Roberto Salinas e, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto, Antonio Jose da Costa Filho. Também integram a programação Eneida de Paula e Lígia Nunes de Morais Ribeiro, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O curso é apoiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) por meio da modalidade Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA) e tem o objetivo de propiciar aos alunos conhecimento sobre técnicas biofísicas usadas para estudar interações biomoleculares.

Desde 2010, a Fundação já contabiliza apoio a cerca de 60 eventos nessa modalidade. Além da realização do evento, a Fundação apoia os estudantes, que tem os custos de participação no curso, como com transporte e hospedagem, pagos pela Fundação. 

Mais informações: http://espca.fapesp.br/inicial/

Gerência de Comunicação da FAPESP / Assessoria de Comunicação

Fernando Cunha / cunha@fapesp.br / 11 3838 4151

João Carlos da Silva / jsilva@fapesp.br / 11 3838 4381

Assessoria de Comunicação do Instituto de Física/USP

José Clóvis de Medeiros Lima / noticias@if.usp.br / 11 3091 6965

Data Publicação: 
quarta-feira, 11 Outubro, 2017
Data de Término da Publicação da Notícia: 
sexta-feira, 27 Outubro, 2017

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