Educação intercultural na formação de professores de ciências: a experiência de pesquisa a partir do Grupo GEPIC

O Grupo de Estudos e Pesquisas em Interculturalidade e Educação em Ciências (GEPIC) atua desde o ano de 2012 com enfoque na formação de professores de Ciências. A partir de 2015, com minha atuação na Educação do Campo da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, têm buscado aportes do que se denomina Interculturalidade Crítica (Walsh, 2009; 2013). Em outras palavras, buscamos referenciais do sul epistemológico, em diálogo com as referências teóricas ditas clássicas, para discutir como a interculturalidade crítica pode ser um meio de resistência e (re)existência e autodeterminação para povos indígenas e afrodescendentes na América Latina. Buscamos um aporte teórico que enfatiza a importância de práticas pedagógicas que não apenas reconheçam a diversidade cultural, mas também desafiem as hierarquias coloniais. O objetivo principal é pautar uma reflexão teórico-metodológica sobre a realização de Pesquisas no contexto do Grupo GEPIC. O meu intuito é apresentar os referenciais teórico-metodológicos que estão em construção por parte do grupo, bem como a ilustração com processos e resultados de pesquisas de doutorado, mestrado e iniciação científica. Proponho também um exercício envolvendo os processos de leitura, escrita e formação intercultural de professores a partir das Bionarrativas Sociais (BIONAS). Essas são formas de pensar narrativas digitais a serem disponibilizadas como recursos educacionais abertos (REAs) em um repositório online de livre acesso.