Suécia: veja o que os nossos mestrandos acharam da estadia em Uppsala

Por Andrea Wirkus

Entre agosto de 2016 e fevereiro de 2017, os alunos Gabriel Nicolaz Nagaoka, Raphael Levy Ruscio Castro Teixeira e Felipe Soares Sá participaram de um programa de intercâmbio na Universidade de Uppsala, na Suécia. Através de um convênio estabelecido entre o IFUSP e a UU, ainda no início do ano passado, os três mestrandos foram mandados para Uppsala, enquanto o IF recebia três alunos suecos. 
Situada na península da Escandinávia, ao lado de Dinamarca e Noruega, a Suécia possui temperaturas extremamente baixas no inverno (os termômetros chegam aos -20 ºC), período em que o sol nasce por volta das 9h e se põe às 15h30. Este detalhe chamou muita atenção dos nossos estudantes, acostumados a uma média de 11h diárias de claridade. "Ter uma vida social bem ativa é importante, principalmente no inverno. Com poucas horas de sol, depois de um tempo as pessoas começam a ficar um pouco deprimidas. Além disso, no começo parece que não há problemas, mas depois do segundo mês com pouco sol, é importante tomar suplemento de vitamina D e fazer exercícios físicos" - alerta Raphael que confessa ter achado bastante difícil se acostumar ao clima. A recepção e a acomodação oferecidas a estudantes de intercâmbio, nesse sentido, são fundamentais e os três se mostraram bem satisfeitos com o programa: "a cidade e a universidade são perfeitamente preparadas para receber alunos - tivemos todo o suporte necessário para encontrar um dormitório e lidar com as burocracias. A cidade também conta com 13 nações ("nations"), organizações estudantis que promovem os mais diversos eventos visando à interação entre estudantes, desse modo foi muito fácil conhecer pessoas novas" - completa Gabriel. De acordo com Felipe, "a cidade é pequena, bonita e muito bem cuidada. Ter uma bicicleta como meio de transporte principal é um ótimo negócio, pois é fácil se locomover por lá e há infraestrutura voltada para isso".

Com relação ao ensino, os mestrandos concordaram que Uppsala exige bastante do aluno fora da sala de aula: "as matérias têm duração de um período (os períodos têm, aproximadamente, 3 meses) e não há tantas aulas como no Brasil. Eles esperam que o aluno estude bastante sozinho e tenha mais responsabilidade" - afirmou Raphael. Nagaoka também chamou atenção para uma diferença positiva entre os sistemas daqui e de lá: "Uppsala conta com o Ångströmlaboratoriet que concentra o ensino e pesquisa de Física, Química, Matemática e Engenharias, desse modo áreas interdisciplinares são privilegiadas pelo ambiente interativo". 

Por fim, os mestrandos se mostraram extremamente satisfeitos e empolgados com a manutenção desse convênio. Raphael disse que a experiência foi ótima: "além de aprender mais do que esperava em 6 meses, conheci pessoas de diversas partes do mundo e entrei em contato com uma cultura diferente, o que é muito importante quando pensamos em internacionalização". Felipe completou: "eu sinceramente espero que esse programa de intercâmbio continue por muito mais tempo e também que seja eventualmente ampliado".

E você, mestrando(a), gostou dos relatos? Interessou-se pelo programa de intercâmbio? Pois o Raphael, o Felipe e o Gabriel querem falar mais sobre a experiência deles em Uppsala e, por isso, farão uma palestra sobre o intercâmbio. Se quiser participar, inscreva-se pelo link: https://goo.gl/wUIiR9.

Palestra "Intercâmbio em Uppsala"
Com Felipe Soares Sá, Gabriel Nagaoka e Raphael Teixeira, mestrandos do IFUSP
Auditório Adma Jafet
Dia 19/04/2017 (quarta-feira), às 10h

 

O aluno Raphael Teixeira e a fachada da Universidade de Uppsala

Caminho para o Ångström após a primeira nevasca, em novembro de 2016

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